Últimas Notícias

2+0+1+6 perguntas para... Aline Silva


A luta olímpica feminina brasileira cresceu a olhos vistos durante os último anos. O principal expoente desse crescimento é Aline Silva, que em 2014 foi vice-campeã mundial, um feito inédito para o Brasil. Quarta no ranking mundial, Aline é esperança de uma medalha inédita para o país e conversou conosco sobre Rio 2016, suas adversárias e outros assunto que você confere abaixo:

- Sendo a primeira e única medalhista brasileira no Mundial de Luta Olímpica, você sentiu mudanças de visibilidade e apoio ao esporte no atual ciclo olímpico?
Sim, a gente tem dado muito mais entrevistas. Os atletas são reconhecidos nas ruas. E o apoio também aumenta a medida que as pessoas percebem que o esporte como um todo está dando resultado. Não vejo outro caminho para a Luta que não seja o crescimento e a popularização.

 - A Luta Olímpica chegou a ser retirada do programa olímpico de Tóquio 2020, antes de ser reintegrada. O que você pensou na época? Como você sente que não ser mais um esporte olímpico poderia ter afetado o esporte?
Foi um clima de incerteza muito grande. Não pensei em largar a Luta porque é um esporte que amo demais. Mas se realmente saísse do cronograma olímpico, buscaria um outro esporte para tentar realizar o sonho de ir para os Jogos Olímpicos.

- Durante o atual ciclo olímpico a luta passou por mudanças na pontuação. Isso chegou a forçar você a adaptar o seu estilo de luta? Como que você avalia a mudança?
O que muda principalmente é  a estratégia de luta. Antes eram três rounds de dois minutos e agora são dois rounds de três minutos. Então você monta a estratégia pensando nesse tempo e com o descanso de trinta segundos. A maneira de lutar continua a mesma. Acredito que (a mudança) foi boa, pois antes um atleta vencia um round de 7 a 0 e pontuação zerava. Depois ele perdia o segundo de 1 a 0 e o terceiro de 2 a 0 e estava derrotado. Na regra atual, os pontos não zeram e acho mais justo.

- Sobre Rio 2016, qual o sentimento que prevalece a cinco meses dos Jogos? Você sente mais a pressão ou a ansiedade?
É o treinamento que tira qualquer sentimento de pressão ou ansiedade. É ali no tapete de lutas em que a concentração volta no dia a dia dos treinos. Ali dentro tiro qualquer pressão ou ansiedade para os Jogos.

- É impossível olhar para a sua categoria e não lembrar da norte-americana Adeline Grey. Você acha que o fator casa pode ser determinante em um possível confronto nos Jogos Olímpicos do Rio?
Sem dúvida. Vamos ter a torcida nos apoiando e gritando o nosso nome. O clima de competir em casa é outro. Tenho certeza que pode ser um fator determinante não só contra a norte-americana, mas contra todas as atletas que estiveram em minha chave.

- Além da Grey, quais você considera as adversárias mais perigosas para os Jogos Olímpicos?
As atletas chinesas são muito fortes e as ex-repúblicas soviéticas. A própria canadense Erica Wiebe já foi número um do mundo e é uma atleta forte. Todos nós nos conhecemos muito bem e o torneio vai ser de altíssimo nível.

- Se quiser, pode usar o espaço abaixo para deixar alguma mensagem para os leitores do Surto Olímpico.
Peço para acompanhar e mandar energia positiva para todos os atletas da Luta Olímpica brasileira nesses Jogos Olímpicos. Todo apoio e força é importante. Juntos somos mais fortes.


Imagens: Renato Sette/CBLA e Washington Alves/COB

0 Comentários

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar