Filha atleta ou atleta filha? Mãe atleta ou atleta mãe? Filha. Mãe. Atleta. Paratleta. Nessa ordem? Nem sempre. Não necessariamente. Ou talvez? Susana Schnarndorf é tudo isso ao mesmo tempo e muita resiliência, perseverança, dedicação, braçadas e mais braçadas.
Susana Schnarndorf é a protagonista do documentário "Um dia para Susana", dirigido por Giovanna Giovanni e Rodrigo Boecker, e que conta parte da história e dos dilemas da nadadora paralímpica em busca do sonho de todo atleta: uma medalha. Em uma narrativa bem costurada e sem muito rodeios, como a protagonista, o documentário tenta seguir o alinhavo que a própria paratleta percorre entre a piscina do centro de treinamento de São Caetano do Sul, seus três filhos no Rio de Janeiro e a mãe em Porto Alegre. Cada braçada que corta a água das piscinas Brasil e mundo afora, mais fundo a navalha da saudade perfura o coração de Susana, de seus filhos e de sua mãe.
Diagnosticada em 2005 com Atrofia de Múltiplos Sistemas (AMS), doença rara de degeneração das células nervosas do cérebro e que leva a problemas de movimento, equilíbrio e outras funções autônomas do corpo, Susana Schnardorf precisa não só lidar com as questões dos laços familiares esgarçados pela distância, mas também aprender a se reinventar nas piscinas com o avanço da doença. Como vencer as barreiras do próprio corpo, do tempo e da distância para, de fato, vencer?
Em um momento de tamanho desalento e do apagamento do outro em prol do próprio umbigo, o documentário "Um dia para Susana" nos faz enxergar o outro e sentir as suas dores. Sem alardes. Sem romance, mas contando uma história real que merece ser conhecida por todos.
O documentário faz parte da 42ª Mostra internacional de cinema em São Paulo. Assista abaixo o trailer:
Um dia para Susana | TRAILER from Kino Rebelde on Vimeo.
O documentário faz parte da 42ª Mostra internacional de cinema em São Paulo. Assista abaixo o trailer:
Um dia para Susana | TRAILER from Kino Rebelde on Vimeo.
Foto: Divulgação
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