A Rússia deu entrada, nesta sexta-feira, com recurso contra o banimento de competições esportivas internacionais imposto ao país pela WADA.
A RUSADA, agência anti-doping russa, enviou um pedido formal ao CAS, demonstrando sua discordância com as sanções propostas pela Agência Mundial Anti-Doping.
Uma carta do CEO da RUSADA, Yuri Ganus, também foi anexado ao requerimento formal. Ele é crítico das autoridades russas e discordou da decisão de apelar às sanções. Anteriormente, já havia dito que qualquer tentativa de recurso teria uma mínima chance de ter sucesso e ser aceita pelo CAS.
"A RUSADA contesta a notificação na íntegra, incluindo a afirmação de não conformidade da WADA, os (supostos) fatos em que essa afirmação se baseia, bem como as sanções e condições de reintegração estabelecidas na notificação, todas improcedentes", diz uma das passagens escritas pelo secretário-geral.
No começo de dezembro, a WADA baniu a Rússia de todas as competições esportivas pelos próximos quatro anos. Assim, nem o nome, nem a bandeira e nem o hino russo poderão participar de Olimpíadas ou Mundiais até 2023.
Os atletas russos só poderão competir sob bandeira neutra se comprovarem estarem livres de doping. Ainda assim, a situação gerou revolta em algumas entidades, como a Agência Anti-Doping dos Estados Unidos, que queria proibição total dos atletas russos.
O caso ganhou tamanha repercussão que envolveu líderes políticos. Vladimir Putin, presidente da Rússia, se mostrou indignado com a punição do país e a considerou injusta. "Eu acho que não é apenas injusto, mas não corresponde ao bom senso e à lei”, disse Putin.
Após o envio do requerimento, um júri de três árbitros será formado e julgará a situação. O veredito do caso deve sair dentro de 3 meses.
Foto: AP
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