Depois de três colunas, e nada falar de nosso campeonato nacional de vôlei, hoje resolvi finalmente escrever um pouco sobre o que aconteceu na semana passada em relação à Superliga. Na quinta-feira passada, a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) divulgou os clubes participantes da competição nesta próxima temporada. São 12 equipes no masculino e 10 equipes no feminino (diminuição de 2, em relação a 11/12).
A fórmula de disputa será a mesma da edição anterior. Na fase classificatória, todos os times se enfrentam, em turno e returno. As oito equipes mais bem colocadas estarão classificadas as quartas de final, onde acontecerá o cruzamento do 1º x 8º colocados, 2º x 7º, 3º x 6º e 4º x 5º, no sistema de play-off de três partidas. Nas semifinais, as equipes classificadas também farão três jogos na busca pela vaga na final. Já a grande decisão acontecerá em jogo único (coisa que acho um pouco condenável, a competição deveria ser resolvida da mesma forma que as outras fases, em melhor de 3 jogos).
Hoje, comento um pouco sobre a Superliga Masculina, na próxima semana, falo sobre as mulheres. As impressões iniciais? No masculino estarão em quadra o BMG/São Bernardo (SP), Sesi (SP), Vôlei Futuro (SP), Funvic/Sejelp/Midia Fone (SP), Medley/Campinas (SP), Canoas (RS), Super Imperatriz Vôlei (SC), RJX (RJ), Volta Redonda (RJ), UFJF (MG), Vivo/Minas (MG) e Sada Cruzeiro (MG).
Por enquanto, vejo com bons olhos o time do RJX, que vem fazendo boas contratações nessas últimas semanas. Bruno, que na minha visão fez uma ótima Olimpíada, veio do Florianópolis (que fechou as portas) e é a principal contratação da equipe fluminense, o que pode motivar os torcedores a dar ainda mais força à equipe bancada por Eike Batista. Além disso, a equipe contratou o líbero Mário Júnior (ex-Vôlei Futuro) e trouxe também Thiago Alves, ponteiro reserva da seleção brasileira. Junto deles, vieram também outros jogadores com menos fama, Manius (ponteiro), Rafael (líbero), Athos (central) e Bernardo Roese (levantador). Dos que permaneceram para 2012/13, Théo, Dante e Lucão são os principais remanescentes, e o que alça a equipe como uma das principais favoritas a levar o título desta nova temporada.
Também com status de favorita, temos os paulistas do Sesi, atuais vice-campeões nacionais. De novidades até agora, temos Lorena - que voltou de uma passagem no exterior, e Éder, que veio do Florianópolis. Os principais destaques ficam por conta dos medalhistas olímpicos Murilo, Sidão e Serginho Escadinha. E também caras novatas, como Thiago Barth. A principal perda do time foi de Wallace, que vai jogar no voleibol japonês. Com um time desses, não dá para fazer feio.
Outra que coloco no hall de favoritos é o atual campeão da Superliga, o Sada/Cruzeiro. O time mineiro conta com dois jogadores que eu curto bastante, que são o Wallace (que eu considero o melhor oposto brasileiro na atualidade) e o William, que fez uma excelente Superliga 2011/12. A principal contratação do Cruzeiro para a temporada atual é o cubano Yoandry Leal, que é um dos titulares da seleção vice-campeã mundial de 2010.
Para fechar meu "seleto" hall, coloco o Vivo/Minas, um dos clubes de vôlei mais bem estruturados do Brasil. O time não tem as grandes estrelas, mas é muito bem entrosado e tem um elenco forte e capaz de arrumar boas colocações para o time nas Superligas. De destaques, eu considero como eles Marcelinho, grande levantador que andou em má fase, mas recuperou-se por lá, em Minas. E também Samuel, que anda meio sumido da seleção brasileira, e Henrique, outro antigo selecionável e outro pilar experiente dessa equipe. Na verdade, a equipe titular também com Michel, Maurício, Lucas Loh e Victor não pode ser desprezada.
Dos que correm por fora, colocaria no barco o Vôlei Futuro, que andou sofrendo com alguns desmanches, mas ainda conta com Ricardinho, Vini e Michael. Também citaria o Medley/Campinas, que conta com André Heller como principal destaque e em melhor situação, creio que o Canoas possa aprontar nessa Superliga, com jogadores experientes como Roberto Minuzzi, Gustavo (vindo do Sesi) e o André Nascimento (voltando do Japão). O time gaúcho veio da Superliga B, mas recebeu um grande investimento, sendo um perigo para as grandes forças.
Brigando na zona intermediária, entre a última vaga das quartas de final e a zona do rebaixamento, aposto no BMG/São Bernardo e no Super Imperatriz (time que substituiu o Cimed/Florianópolis). O Super Imperatriz são as sobras do time do Cimed, e o nome mais conhecido do time é o levantador Thiago Gelinski, que esteve na campanha campeã do Brasil nos Jogos Militares de 2011. O Volta Redonda é uma equipe de pequeno porte, e infelizmente, não vejo muitas esperanças na equipe. Seu principal nome para a temporada é o do levantador Maurício, que veio do voleibol francês. Encerrando, temos a equipe da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), que tem entre os destaques o ponteiro Juninho e o central Robinho, e que vem fazendo uma campanha digna no Campeonato Mineiro, e ainda temos a equipe do Funvic/Midia Fone, da cidade de Pindamonhangaba. Para falar a verdade, pouco conheço dessa equipe, que foi a vice-campeã da Superliga B da temporada passada, o que sei do time é de sua campanha não muito boa no Estadual de São Paulo. Se eu for um arriscar, no chutômetro, creio que há risco da equipe ficar de fora da elite em 2013/14.
Por enquanto, hora de conferir os Estaduais, a "pré-temporada" das equipes da Superliga. Tem apostas, prefere esperar, concorda com o que foi escrito?
E amanhã em post separado (e fora da coluna), falaremos sobre o Sul-Americano de Clubes de Voleibol, aonde Sada/Cruzeiro e Sollys/Osasco disputarão a chance de ir ao Mundial de Clubes 2012 em Doha (QAT), a ser realizado em outubro.
0 Comentários