150 anos do Barão de Coubertin



Neste primeiro dia de 2013, é comemorado o 150° aniversário do idealizador da versão moderna dos Jogos Olímpicos. Pierre de Frédy, conhecido internacionalmente como o Barão de Coubertin, nasceu no ano de 1863. Frédy era descendente de nobres, descendentes da antiga realeza francesa. Mas os ideais de Pierre não eram nada aristocráticos. Apesar de formado em Ciências Políticas, ele buscou reformar o sistema educacional francês - considerado deficitário por ele, buscando inspiração na Inglaterra para melhorar a situação.

Entre seus planos, havia o de instituir um evento parecido com o que era realizado na Grécia séculos e séculos atrás. Primeiramente, em 1892, ele apresentou um estudo sobre os "Exercícios físicos no mundo moderno", e usou o tal estudo para também exibir a sua ideia de criar uma versão moderna dos Jogos Olímpicos. Não foi bem aceito e a ideia ficou engavetada até 1894. Em congresso realizado por ele mesmo, com a participação de outros treze países, ele teve sua ideia levada a sério e ali, fora criado o Comitê Olímpico Internacional. Coubertin se auto-proclamou secretário-geral da nova entidade, enquanto que o grego Dimitrios Vikelas assumiu o posto de presidente.

A ideia da Olimpíada moderna era similar a dos tempos antigos: a cada 4 anos, com uma infinidade de esportes a serem disputados, e os atletas deveriam ser amadores. Apenas a sede não seria "fixa", a cada edição, um novo local seria eleito como sede da competição.

O barão lutou bastante para que os Jogos começassem em 1896. Apesar da resposta positiva do rei grego Jorge I, que permitiu a realização da competição em Atenas, o país passava por uma crise financeira. A primeira edição da "nova" Olimpíada só saiu graças a uma vultuosa doação do bilionário egípcio Georgios Averoff, que além da aparelhagem esportiva, reestruturou boa parte de Atenas.

Após o sucesso da primeira edição dos Jogos, o barão de Coubertin assumiu a presidência do COI. E com sua dedicação, esperava-se que a 2ª edição - que seria sediada em Paris em 1900 - pudesse galgar ainda mais sucesso. Porém, a "concorrência" da Exposição Mundial, realizada na mesma cidade dos Jogos e os quatro meses de disputa acabaram transformando a edição do ano em um fracasso retumbante. Idem a edição de 1904, em St. Louis (USA), quando uma feira de negócios internacional foi integrada aos Jogos, e deixando a disputa com cinco meses. Coubertin teria se irritado com a situação e acabou não viajando para os Estados Unidos.
Para desfazer as más impressões, o barão fez uma edição extraordinária dos Jogos realizada em Atenas, em 1906, com o pretexto de comemorar os 10 anos da 1ª edição. Sem nenhuma feira de exposição ou outro evento que pudesse atrapalhar, o evento foi um sucesso, e isso devolveu a motivação a Pierre para que continuassem os Jogos, que passaram a ter mais atenção do público.

Pierre de Coubertin ficou à frente da presidência do COI até 1925, quando passou o bastão para Henri de Baillet-Latour. Com sua enorme dedicação e vontade de concretizar seu sonho olímpico, o Barão de Coubertin acabou torrando sua fortuna. Acabou ficando pobre, e assim foi até falecer no dia 2 de setembro de 1937. Reconhecido eternamente por seu esforço, ele teve seu coração sepultado na cidade-berço da Olimpíada, Olímpia (GRE). E 116 anos depois, a Olimpíada é um dos eventos mais assistidos do mundo, graças principalmente ao incansável Barão de Coubertin.

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