A Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) lançou no seu website uma nota de esclarecimento em relação aos problemas com a mudança de sede do Mundial Junior da modalidade do Rio Grande do Sul para Minas Gerais, em virtude de uma falta de apoio financeiro do estado sulista.
A seguir segue a nota:
"A respeito da realização no País do Campeonato Mundial Júnior
Masculino de Handebol, a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb)
gostaria de esclarecer alguns pontos, para deixar claras as razões pelas
quais a competição, que seria realizada no Rio Grande do Sul, passou
para o Estado de Minas Gerais e porque o orçamento inicial para a
realização do campeonato foi reduzido, quando o mesmo migrou de uma
região para a outra.
Troca de sede:
- A realização do Mundial vinha sendo conduzida desde meados de
2013 com o Governo do Rio grande do Sul e, inclusive, foi noticiada por
vários órgãos de imprensa. Com a troca do Governo Estadual no início de
2015, a CBHb foi informada que o Estado decretou uma moratória, que
inviabilizaria a realização do campeonato no Rio Grande do Sul, no
formato de financiamento que havia sido acordado desde o início.
Financiamento esse que seria de R$4.340.000,00 milhões, por meio de
projetos de Lei de Incentivo do Estado, tendo sido apresentado pela
Federação Gaúcha de Handebol, e que estava aprovado e em processo de
captação junto a iniciativa privada. Além disso, R$ 2 milhões haviam
sido solicitados ao Estado para apoiar os municípios no financiamento
das despesas referentes à hospedagem, alimentação e transporte das
equipes, e as demais despesas seriam financiadas por emendas
parlamentares e recursos próprios da Confederação Brasileira de
Handebol.
Redução do orçamento:
- A Federação Internacional apresentou uma nova proposta para o
campeonato, reduzindo a agenda de jogos e, com isso, 16 equipes ficam
apenas 11 dias no País. Anteriormente seriam 17 dias.
- No planejamento inicial para o Rio Grande do Sul, o campeonato
seria realizado em quatro cidades. Com a adequação da competição para
Minas Gerais, ele terá como sede apenas duas cidades. Com isso, os
custos com logística e mão de obra se reduzem imensamente. Isso foi algo
proposto pela CBHb e aceito pela Federação Internacional, que entendeu a
necessidade da redução de custos.
A CBHb negociou alguns itens que constam no caderno de encargos
da IHF, que têm que ser entregues quando um país é sede de Mundiais da
Instituição:
- A compra dos direitos de imagem do Mundial, que representam uma grande parcela do orçamento.
- Disponibilização do sinal de TV internacional (satélite)
durante todo o campeonato, e sim somente nas fases semifinais e finais.
- Compra de pisos novos específicos para o handebol (quatro unidades), e sim utilizar os que a instituição já possui.
A Federação Internacional entendeu o momento de retração pela
qual a economia do Brasil está passando e fez o possível para ajudar a
CBHb no sentido de reduzir os custos da competição para que o Mundial
permanecesse no País, já que uma mudança a esta altura traria grandes
complicações a todas as equipes participantes."
Caso o país não consiga organizar o Mundial, corre o risco de sofrer sanções financeiras e esportivas, como exclusão do país de campeonatos Mundiais, o que poria em xeque a participação da seleção feminina no Mundial da Dinamarca, em dezembro.
0 Comentários