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Jucilene Sales de Lima treina nos EUA de olho nas grandes competições de 2015


Na última edição do Troféu Brasil  de Atletismo, disputada em outubro do ano passado, a paraibana Jucilene Sales de Lima alcançou 62,89 m no lançamento de dardo, quebrando o recorde sul-americano, que pertencia à colombiana Sabina Moya há 12 anos.

“Eu quero melhorar a minha marca, ficar entre as top do mundo.  Quero lançar a uns 63 m, 64 m. Esse é meu objetivo ainda este ano”, conta a atleta.

Oportunidades para melhorar a marca não vão faltar. Neste sábado (04), Jucilene compete no Pomona Pitzer Invitational, na cidade norte-americana de Claremont, na Califórnia. Em maio, em São Bernardo do Campo (SP), a lançadora busca o quarto ouro seguido no Troféu Brasil de Atletismo, adiantado este ano por causa do Mundial de Atletismo de Pequim, na China, que será disputado em agosto. Entre as duas competições, a atleta ainda disputa os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, em julho.

Desde o início de março em Chula Vista, na Califórnia, Jucilene treina até 26 de abril com outros cinco lançadores brasileiros no Olympic Training Center, num camping de treinamento. Este é o quarto ano seguido em que os atletas do clube treinam no centro de treinamento dos comitês Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos.

A paraibana de Taperoá foi descoberta pelo técnico João Paulo Alves da Cunha, que ficou impressionado com o lançamento de 43 m feito pela menina em um campeonato brasileiro mirim.  Aos 12 anos, a atleta se mudou para São Caetano do Sul com a irmã Jailma Sales de Lima, velocista, então com 16 anos.

“Eu sabia que iria vir treinar, mas ainda não tinha o peso da responsabilidade”, lembra Jucilene. “A minha irmã tinha, porque ela já tinha ido pra um Mundial. Pra mim, era tudo muito novo. Sentia muita saudade da minha mãe e do meu pai. Mas com o passar do tempo eu fui me acostumando, minhas outras irmãs também vieram pra cá. Ficou mais fácil pra mim.” Treinando na melhor equipe de atletismo do Brasil, Jucilene aprimorou sua técnica e não teve que esperar muito para ver os resultados. A lançadora foi campeã sul-americana de menores, em 2004, e, com apenas 15 anos, vice-campeã do Troféu Brasil, em 2005.

Jucilene confessa, entretanto, que nessa época ainda não treinava tão a sério. “Acho que, por eu ter sido muito precoce, não conseguia diferenciar muita coisa. Há uns quatro anos, quando me machuquei, que eu caí na real”, reflete. “Eu machuquei as costas e fiquei uns três anos sentindo muita dor, e então acordei pra vida.” Mesmo com dores, a jovem lançadora passou a ser a melhor brasileira da modalidade, conquistando o Troféu Brasil em 2012 e 2013.

“Quando voltei a lançar, falei: ‘agora eu tenho que lançar bem, tenho que voltar por cima’”, conta. No ano passado, já totalmente recuperada, Jucilene foi melhorando suas marcas e quebrando recordes. No Ibero-Americano de Atletismo, em agosto, bateu na trave e igualou o recorde brasileiro, com 61,71 m. Uma semana depois, no GP Brasil Pará de Atletismo, o recorde veio, com a marca de 61,99 m. Em outubro, o tricampeonato no Troféu Brasil veio junto com o recorde sul-americano e a classificação para o Mundial de Pequim. “Quando estava lesionada, cheguei a pensar em parar, mas graças a Deus foi só um pensamento passageiro.”

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