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China se recupera e embola Grupo A do mundial feminino de futebol; Canadá fica no 0x0

Canadá não sai do zero contra as neozelandesas

Depois de uma vitória sofrida na estreia contra a China, esperava-se uma melhora significativa da seleção dona da casa. Sem o peso da estreia e mais acostumada a jogar em frente ao seu torcedor, o time treinado por John Herdman passou ao público canadense a expectativa por uma boa vitória contra a Nova Zelândia, seleção que saíra derrotada na primeira rodada. Porém, a atuação e o resultado ficaram abaixo do esperado. A tempestade de água fria começou nos momentos iniciais, quando um temporal fez com que a partida fosse suspensa logo aos três minutos. Com o reinício da partida, a Nova Zelândia tomou a iniciativa das jogadas e passou a jogar mais no campo do Canadá. A principal forma de levar perigo ao gol de McLeod se dava através das jogadas de bola parada. Em um dos raros momentos em que a trama neozelandesa foi feita com passes no chão, a zagueira Sesselmann derrubou Hannah Wilkinson dentro da área. A árbitra marcou pênalti, desperdiçado por Amber Hearn. A atacante neozelandesa acertou o travessão.

O segundo tempo reservou suas maiores emoções nos primeiros minutos. Erin Nayler, que já havia feito boas defesas nas finalizações de Filigno e Sinclair no primeiro tempo, brilhou novamente na segunda etapa. Suas saídas de gol foram fundamentais para impedir o avanço das canadenses. Em uma das defesas mais difíceis, Nayler desviou com a ponta dos dedos um chute de Sinclair que viria a tocar no travessão e sair. Logo na sequência, a Nova Zelândia perdeu mais uma grande oportunidade de abrir o placar. Amber Hearn girou já dentro da grande área e chutou à esquerda do gol de McLeod. O jogo ficou mais aberto nos últimos minutos, mas a falta de qualidade nos passes finais e cruzamentos foi determinante para mais um jogo sem gols por parte da Nova Zelândia e por mais um jogo decepcionante tecnicamente do anfitrião Canadá.

Canadá: Erin McLeod; Josée Bélanger, Kadeisha Buchanan, Lauren Sesselmann (Carmelina Moscato), Alyssa Chapman; Desiree Scott (Adriana Leon), Sophie Schmidt, Ashley Lawrence; Christine Sinclair; Melissa Tancredi e Jonelle Filigno (Kaylyn Kyle).
Técnico: John Herdman.

Nova Zelândia: Erin Nayler; Ria Percival, Rebekah Stott, Abby Erceg, Ali Riley; Katie Duncan, Betsy Hassett (Katie Bowen), Annalie Longo; Hannah Wilkinson (Jasmine Pereira), Amber Hearn e Sarah Gregorius (Rosie White).
Técnico: Tony Readings.

Árbitra: Bibiana Steinhaus, da Alemanha.


China conquista sua primeira vitória e surpreende favorita Holanda

A primeira rodada saiu com um gosto amargo para as chinesas. O gol de pênalti sofrido nos acréscimos para o dono da casa Canadá foi duro de engolir. E foi buscando reabilitação no jogo de vida ou morte contra a Holanda que o técnico Hao Wei optou por modificar algumas peças em relação ao time da estreia. Por outro lado, as holandesas vinham atrás dos 100% de aproveitamento, já que haviam vencido a Nova Zelândia em sua estreia em mundiais. A manutenção da base (apenas a goleira Loes Geurts ficou de fora, e ainda assim por lesão) fazia com que o selecionado europeu fosse considerado favorito ao jogo, mas não foi isso que se viu desde o começo do jogo. Com um bom toque de bola e movimentação, a China envolveu a Holanda. Mesmo nos poucos momentos em que não ficou com a bola, a seleção asiática marcou sob pressão e dificultou as coisas para as adversárias. Assim, as chances de gol foram se acumulando, mas todas paravam na falta de qualidade e nas defesas da goleira Van Veenendaal.

A única jogada de desafogo para as europeias se dava com Manon Melis em velocidade pelo lado direito de ataque. A holandesa levou a melhor sobre a lateral Liu Shanshan na maior parte das disputas. Mesmo assim, a supremacia era chinesa. Tang Jiali arriscou muito de fora da área, mas poucas vezes acertou o alvo. Quando poderia ter marcado o gol, a árbitra colombiana não viu pênalti claro sobre a camisa 13 da China. No segundo tempo, Jiali acertou o travessão e depois obrigou a goleira adversária a fazer grande defesa. Han Peng, um dos destaques do jogo, quase marcou em chute de fora da área, mas de novo Van Veenendaal salvou. O gol que deu justiça ao jogo só veio aos 47 minutos do segundo tempo, quando Tan Ruyin acertou um lindo lançamento para Wang Lisi, que tirou da goleira adversária com um leve toque. O resultado deixou o grupo ainda mais embolado para a última rodada, com todas as seleções dependendo somente de si para avançar através das duas vagas diretas (ainda há quatro destinadas aos melhores terceiros colocados).

China: Wang Fei; Wu Haiyan, Li Dongna, Zhao Rong, Liu Shanshan; Tan Ruyin, Ren Guixin (Ma Jun); Wang Lisi, Tang Jiali (Lou Jiahui), Han Peng; Wang Shanshan (Wang Shuang).
Técnico: Hao Wei.

Holanda: Sari van Veenendaal; Desiree van Lunteren, Mandy van den Berg, Stefanie van der Gragt, Petra Hogewoning (Merel van Dongen); Tessel Middag (Anouk Dekker), Sherida Spitse; Manon Melis, Danielle van de Donk, Lieke Martens; Vivianne Miedema.
Técnica: Roger Reijners.

Gol: Wang Lisi, aos 47 minutos do segundo tempo.

Árbitra: Yeimy Martínez, da Colômbia.


Próxima rodada do Grupo A:

15 de Junho- Canadá x Holanda (20h30), China x Nova Zelândia (20h30).

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