Primeiro medalhista dos Jogos Rio 2016, o atirador Felipe Wu revelou em entrevista à rádio Jovem Pan de São Paulo que está preocupado com os rumos do tiro esportivo pós Jogos olímpicos. Além disso, Felipe afirma que já se conformou que será esquecido em breve:
"Eu acho que vai demorar muito para que o nosso País deixe de ter essa monocultura esportiva. Os Jogos Olímpicos certamente ajudarão nesse processo, porque houve maior visibilidade a outras modalidades, mas, fatalmente, vão se esquecer de mim daqui a pouco."
Felipe Wu entende que esse é um processo inevitável por tudo que o futebol move: "O futebol, por exemplo, enche estádio, movimenta muito dinheiro... O tiro, não. Mas eu espero que isso mude. Só vai mudar a partir do momento em que o governo investir igualmente em todos os esportes. Isso não acontece atualmente. Vai depender de alguém tirar dinheiro do próprio bolso para investir em uma modalidade, o que é improvável."
Felipe Wu está preocupado com seu futuro no esporte, afinal o tiro é um esporte caro, onde um pistola de competição custa 11 mil reais, e ele teve o bolsa pódio encerrado. Ele só tem o seu sálario nas forças armadas e o patrocínio da Rifle: "Ninguém sabe o que vai acontecer. Eles falaram que o programa vai continuar, mas ainda não vimos nenhum edital ser publicado" Afirmou Wu, que afirmou ainda que se perder o bolsa pódio perderá 70% de sua renda.
Para Tóquio, ele espera que os investimentos sejam mantidos para que ele possa continuar vivendo do esporte e que possa completar sua faculdade de engenharia aeroespacial." Eu espero ter as mesmas condições de desenvolver o meu trabalho. Não sei como vou conseguir conciliar faculdade e tiro. Talvez, meu rendimento no esporte caia... Mas eu vou tentar levar tudo da melhor maneira possível. O meu primeiro objetivo é em 2018, no Campeonato Mundial da Coreia do Sul. Ele já vai distribuir vagas para os Jogos de Tóquio"
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