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Justiça afasta diretoria da CBTKD acusada de fraude e desvio de verba

Na última quarta-feira, após quatro sessões de julgamento, os desembargadores da 3ª câmara cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) determinaram o afastamento da diretoria da entidade, não apenas do presidente, Carlos Fernandes. 

O TJRJ também decretou uma intervenção na confederação pelo prazo de 90 dias, além da nulidade de todos os atos praticados pela gestão do presidente interino. Deste modo, Fernandes foi obrigado a se afastar do cargo pela Justiça Criminal e Cível. O presidente e outros membros da diretoria respondem por peculato, associação criminosa e fraude em licitações e documentos, perante as 2ª e 4ª Varas Federais Criminais do Rio. O inquérito foi feito pela Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros (DELECOR) do Rio. Em um comunicado, a CBTKD comentou a decisão da Justiça e disse que o interventor ainda não foi nomeado.

"Apesar de a CBTKD ter cumprido integralmente a decisão judicial que determinou a realização de assembleias para votação de novo estatuto e eleição da diretoria, a terceira câmara cível do TJRJ entendeu que houve irregularidade em sua convocação, decidindo pelas suas respectivas anulações e pela nomeação de interventor com o objetivo de realizar novamente as assembleias. A decisão, contra a qual poderá ser interposto eventual recurso, ainda não foi publicada e ainda não há interventor nomeado" comunicou o departamento jurídico da CBTKD através de sua assessoria de imprensa.

Eleito para o cargo em 2010, Fernandes alterou o estatuto para proibir estrangeiros de serem  eleitos para a presidência da CBTKD. O veto atingiu as federações de São Paulo e Minas Gerais, presididas na época por sul-coreanos, e de Roraima, que havia declarado o seu apoio aos candidatos de oposição e se desfiliou. O dirigente acabou por se reeleger em 2013.

A empresa SB Marketing e Produções é investigada por falsificar documentos, com a conivência dos dirigentes de confederações, para vencer licitações e gerir verbas destinadas pelo Ministério do Esporte, realizando serviços por preços muito acima do valor de mercado. O valor total dos convênios suspeitos com a participação da empresa ultrapassa a casa de R$ 30 milhões. 

A Polícia Federal investiga empresas e confederações esportivas por irregularidades no ciclo olímpico que podem ter levado atletas ao prejuízo durante o processo de preparação dos Jogos. Entre os crimes, estão fraudes de licitação, superfaturamento e falsidade ideológica. As compras de materiais, como coletes usados para as lutas, tatames, programas de computador e aparatos eletrônicos teriam sido superfaturadas. Outros itens foram comprados com dinheiro federal através de convênios com o Ministério do Esporte, mesmo quando os itens eram licitados. As confederações de taekwondo, tiro com arco, tiro esportiva e esgrima são alguns dos alvos. 

As fraudes teriam ocorrido na compra de itens como coletes para prática de lutas, tatames, equipamentos eletrônicos e programas de computador para análise de desempenho. Itens que foram licitados e comprados com dinheiro federal, oriundo de convênios com o Ministério do Esporte. Ao menos 14 convênios estão sob investigação no esquema, que envolve mais de sete empresas, dentre elas, a SB Marketing e Produções. 

O lutador Diogo Silva, opositor ferrenho da antiga diretoria, comemorou nas redes sociais a saída oficial do grupo da CBTKD




foto: Reuters

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