Antes visto com desconfiança e com poucos ingressos vendidos, os Jogos Paralímpicos se aproveitaram do sucesso dos jogos olímpicos e viu a venda de ingressos explodirem. A venda de ingressos só ficou atrás das vendas de Londres. E com problemas financeiros,o comitê Rio 2016 viu o governo federal e municipal prometerem ajuda para a realização dos jogos. Com isso, no dia 7 de setembro, a Abertura dos Jogos Paralímpicos foi simples e emocionante. Clodoaldo Silva foi o responsável por acender a pira paralímpica, mas quem emocionou o mundo foi Márcia Malsar, uma das primeiras medalhistas paralímpicas, que caiu com a tocha na mão, se levantou e cumpriu sua tarefa de entregar a tocha à Ádria dos Santos.
E no dia 8, quando as competições começaram, o Comitê Paralímpico Brasileiro impôs dois desafios para seus atletas, um representado pela Hashtag #PódioTodoDia e outro que era ficar entre as cinco melhores no quadro de medalhas. No primeiro desafio foi muito bem sucedido, graças ao paratletismo brasileiro, que conquistou 33 medalhas, em todos os 11 dias de competição. Nomes como Shirlene Coelho, Silvânia Costa, Claudiney Oliveira e Petrucio Ferreira brilharam, enquanto nomes badalados como Alan Fonteles e Therezinha Guilhermina decepcionaram e não conquistaram as medalhas de ouro esperadas. O Atletismo viu surgirem revelações como Fábio Bordingnon, ex-jogador do futebol de sete que estava há dois anos no atletismo e Verônica Hipólito, que conquistou a todos com sua simpatia e sua força, ao correr com um tumor no cérebro.
Verônica hipólito conquistou a todos com sua simpatia e otimismo. E ela correu com um tumor no cérebro! |
O Atletismo paralímpico teve grande momentos, como a prova dos 1500 metros T13 (para deficientes visuais) que os três primeiros colocados foram mais rápidos do que o tempo do medalhista de ouro nos 1500m dos jogos olímpicos; Omara Durant (CUB) fazendo história vencendo os 100m, 200m e 400m na sua categoria, T12; A coragem de Marieke Vervoort (BEL) que por causa de sua doença, tem autorização para eutanásia quando as dores ficarem insuportáveis e saiu com uma medalha de prata; Kadeena Cox (GBR) fez história ao conquistar medalhas tanto no atletismo quanto no ciclismo pista No fim, o atletismo paralímpico teve 68 quebras de recordes mundiais e paralímpicos.
O Dream Team paralímpico: A seleção Brasileira de futebol de 5 |
Nos esportes coletivos, o Brasil continuou imbatível no futebol de 5, comandados pelos craques Ricardinho e Jefinho. A seleção de futebol de 5 agora é tetracampeã olímpica e continua sem derrotas em Jogos paralímpicos. O futebol de sete conseguiu uma medalha de bronze, batendo a holanda na disputa do terceiro lugar com show de Leandrinho. No Goalball, o craque Leomon Moreno levou a seleção brasileira ao bronze; No vôlei sentado, o Irã levou o ouro no masculino ao ter um gigante de 2,46m e a seleção feminina do Brasil levou um inédito bronze.
A Bocha brasileira proporcionou um dos momentos mais emocionantes quando conquistou o ouro por equipes na BC3, com Antônio Leme, Evani Calado e Evelyn de Oliveira. o abraço entre Antônio e Fernando, seu irmão e calheiro, que emocionou a todos na Rio 2016. Dirceu Pinto, Eliseu e Marcelo dos Santos ficaram com a prata na BC4 por equipes.
Antônio e Fernando Leme emocionaram o mundo com o abraço na conquista do ouro |
(Continua)
Fotos: Rio 2016/Alex Ferro , Ana Patrícia Almeida e Gabriel Nascimento
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