Segundo declarações ao site Inside the Games, o medalhista de ouro e prata olímpico da Grã-Bretanha no remo, Mark Hunter, acredita que seu esporte está sendo "estrangulado" pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), com o órgão empurrando as mudanças nas classes dos barcos que farão parte do programa dos Jogos Olímpicos.
O COI, que no ano passado afirmou o direito do seu Conselho Executivo de tomar a decisão final sobre quais classes devem fazer parte das Olimpíadas, exigiu que o organismo mundial do esporte, a Federação Internacional de Remo (FISA), fornecesse um modelo para os Jogos de Tóquio 2020 em diante que vá de acordo com seus próprios objetivos de "universalidade" e igualdade de gênero.
Consequentemente, haverá duas opções de votação no Congresso Extraordinário da FISA desta semana em Tóquio, que acrescentará um evento feminino e tirará um evento masculino para manter o equilíbrio de gênero entre as 14 provas olímpicas atuais.
A FISA está recomendando que o quatro sem peso leve masculino seja substituído pelo quatro sem feminino. A opção alternativa, proposta pela Austrália, Canadá, China, Dinamarca e Suíça, iria remover o quatro sem masculino e trazer o quatro sem leve feminino, dando assim os 14 eventos.
"Acho que estamos sendo estrangulados pelo COI para fazer o que eles querem", disse Hunter, que ganhou a medalha de ouro nos Jogos de Pequim 2008 e uma prata em Londres 2012 com Zac Purchase no skiff duplo leve masculino, se aposentando logo após isso.
"Estamos de joelhos implorando para que eles cuidem do nosso esporte. Estamos perdendo o controle, eles estão basicamente dizendo que não somos mais responsáveis pelo esporte.
"Se você retirar o quatro sem leve masculino do ciclo olímpico, ele não iria desaparecer, mas o padrão iria cair. Os países parariam de investir nele [quatro sem leve masculino]. Se você tirar o peso leve dos homens irá matar o interesse das pessoas em competir."
Foto: Get Reading
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