Após um último ciclo com bastante dinheiro para investir, a natação brasileira, que não ganhou nenhuma medalha na Olimpíada do Rio e que teve acusações de improbidade administrativa que culminaram no afastamento do presidente Coaracy Nunes e que conseguiu retomar o cargo,vai ter um ciclo olímpico para tóquio com verbas bem reduzidas, o que o pode prejudicar a preparação da natação.
O Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Ricardo de Moura, informou ao blog Panorama Esportivo , do 'O globo' que a entidade perdeu 75% da verba total de patrocínio. Segundo o dirigente, o corte se deve à saída da Sadia e do Bradesco e à redução do patrocínio dos Correios e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Ao todo, a CBDA recebia cerca de R$ 40 milhões e ficará com R$ 10 milhões de patrocínio. "É quase tudo do que temos. Afetará em tudo o nosso planejamento e a preparação para o ciclo olímpico" explicou o superintendente
Sem grande parte da verba, a preparação para a próxima competição internacional, o Mundial de Budapeste, em agosto, já sofrerá um baque:
Dentro do Brasil, o dirigente afirma que a organização de competições será reduzida, o que atrapalha a preparação para Tóquio e também o surgimento de novos talentos em um momento no qual a natação necessita de renovação: "Em termos práticos, todas as coisas serão reduzidas. Voltaremos no tempo na forma de agir e fazer. O número de campeonatos será reduzido, assim como as viagens e o número de atletas da delegação. Para Tóquio, afetará a preparação. O planejamento não será cumprido como queríamos." Lamenta De Moura
Além de problemas financeiros, a CBDA enfrenta uma crise política. Em outubro de 2016, o presidente da entidade, Coaracy Nunes, e demais dirigentes, foram afastados em decisão da Justiça Federal após o Ministério Público de São Paulo entrar com ação por improbidade administrativa. A suspeita era que tivesse havido superfaturamento em licitações de material esportivo . Em novembro, desembargador Nery da Costa Júnior, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, decidiu pela volta dos dirigentes afastados.
Além da natação, seu carro-chefe, a CBDA administra cinco modalidades olímpicas (que também serão afetadas) e foi responsável por 20% da delegação nos Jogos do Rio-2016.
Com informações do blog 'Panorama esportivo'
foto: CBDA/Divulgação
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