No primeiro treinamento de campo do
ano, realizado em Pindamonhangaba no período de 22 a 28 de janeiro,
judocas das seleções Júnior (Sub 21) e Juvenil (Sub 18) do Brasil tiveram
novamente a oportunidade de "pegar no quimono" dos melhores atletas do
Brasil que estão na equipe principal, entre eles medalhistas olímpicos e
mundiais.
A medida quebra uma barreira que existia entre os atletas mais jovens e os mais experientes, facilitando o processo de transição e renovação da equipe olímpica, além de enriquecer tecnicamente o treinamento das equipes de base.
No penúltimo dia de concentração, por exemplo, a equipe júnior feminina recebeu dicas valiosas de Leandro Guilheiro, medalhista de bronze nos Jogos de Atenas 2004 e Pequim 2008, durante o treino técnico.
"Uma das obrigações que a gente tem é de sempre estar passando o que sabemos para a molecada mais nova que está com vontade de aprender. Passei para elas mais as questões de pegada, uma tentativa de ver a luta por outro ângulo. É difícil eu chegar e impor a minha forma de lutar judô. Meu objetivo foi mostrar como eu vejo a luta, como eu me preparo do ponto de vista de pegada", disse Guilheiro, que já passou pela seleção júnior do Brasil e teve Flavio Canto, Daniele Zangrando e Andrea Berti, hoje técnica da seleção Sub 21 feminina, como exemplos. "Na verdade foi mais uma conversa sobre como pescar do que dar o peixe", completou.
A estratégia tem gerado resultados significativos. Na última Seletiva Olímpica para o processo de formação da equipe para os Jogos de Tóquio, pelo menos nove dos judocas classificados para a equipe principal passaram recentemente pelas categorias de base do Brasil.
Foto: CBJ
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