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Ouro inédito no Mundial Paralímpico de Tênis de Mesa motiva técnico a trabalhar e alcançar o que ainda não foi alcançado

Mais do entrar para a história do tênis de mesa brasileiro e latino-americano, o título conquistado no Mundial Paralímpico de Equipe, que aconteceu na Eslováquia, pelo time Classe 9-10 feminina do Brasil - Bruna Alexandre, Danielle Rauen e Jennyfer Parinos - pode ter consequências ainda maiores, segundo o técnico Raphael Moreira.
 
Para o treinador, uma conquista de tamanha importância neste começo de ciclo olímpico aumenta ainda mais a confiança e mostra que o time verde e amarelo pode conseguir ainda mais, inclusive, em Tóquio/2020. Raphael lembra que, há alguns anos, ser campeão mundial poderia ser algo impensável, mas que Bruna Alexandre, Danielle Rauen e Jennyfer Parinos mudaram tal cenário com muito esforço.
 
"Acredito que as equipes já olham o Brasil como uma equipe a ser respeitada e, agora, isso vai aumentar. Acredito também que esse título será capaz de nos trazer muitas coisas boas em termos de estrutura, investimento... E também em segurança, confiança e motivação para que elas queiram e consigam alcançar lugares ainda mais altos até Tóquio. Se há três, quatro anos, talvez, esse título fosse tido como impossível, ele se tornou possível porque elas trabalharam muito. E, agora, isso nos motiva a trabalhar mais e alcançar aquilo que ainda não foi alcançado", disse ele, que completou:
 
"Foi a primeira vez que uma equipe não só brasileira, mas da América Latina chegou em uma final e a primeira vez que conquistou o título Isso mostra que a medalha de bronze na Rio 2016 não foi por acaso e prova que temos uma das melhores equipes do mundo".
 
Raphael fez questão de lembrar que, além das boas atuações, a equipe teve um elemento que foi essencial para chegar ao lugar mais alto do pódio.
 
"A nossa atuação foi muito segura. A Bruna foi uma atleta muito segura, sempre voltava depois da dupla e ganhou todos os jogos no individual. Tanto na Eslovênia quanto na Eslováquia mostrou porque é uma das melhores do mundo. Jennyfer e Danielle também jogaram muito bem, mas acho que o que contou muito foi o espírito de equipe que a gente conseguiu trazer e desenvolver com elas. Isso pesou para o título", salientou.
 
O comandante aproveitou para comentar também sobre o Aberto da Eslovênia, em que a delegação brasileira conquistou cinco medalhas - ouro na Classe 10 feminina com Bruna Alexandre, bronze na Classe 9 feminina com Danielle Rauen e Jennyfer Parinos, ouro na Classe 10 com Bruna Alexandre, Danielle Rauen e Jennyfer Rauen e bronze na Classe 10 masculina com Claudio Massad, que fez parceria com o tailandês Bunpot Sillapakong.
 
"Nestes 20 dias que passamos na Europa, primeiro tivemos o Aberto da Eslovênia, que foi muito positivo. Conseguimos cinco medalhas, que foram muito importantes. Foram cinco medalhas das oito possíveis para o Brasil, em um Aberto que é considerado o mais forte do circuito. Acredito que todos os atletas (Israel Stroh também esteve na competição) tiveram um bom desempenho. Resultado final muito bom para o Brasil", afirmou.

Foto: Divulgação


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