Após dois meses de preparação na Itália, Robert Scheidt está pronto para
mais um desafio na nova fase da carreira. O bicampeão olímpico seguiu na última quinta-feira (15) para Kiel, na Alemanha, onde disputará a Kieler
Woche, a mais tradicional semana de vela do mundo. A competição teve cerimônia de abertura no sábado (17), mas o iatista brasileiro coloca
seu barco na água para largar na primeira regata somente na
quarta-feira (21), quando começa a disputa da classe 49er, na qual forma
dupla com o proeiro Gabriel Borges.
Scheidt e Borges treinaram por dois meses no Lago di Garda, onde
Robert mora com a família. “Estamos bem animados, trabalhamos muito para
refinar cada vez mais as manobras, que é o principal na 49er, que é um
barco que requer muita habilidade e por isso é muito importante passar o
maior tempo possível na água. E foi o que fizemos aqui na Itália”,
explica o bicampeão olímpico.
Em Kiel, o objetivo da dupla brasileira é dedicar mais três ou
quatro dias aos treinos antes da estreia na competição, que termina dia
25 de junho. Aos 44 anos e consagrado na Star e Laser, Scheidt encara o
desafio de velejar em um barco maior, mais veloz e com estratégias
diferentes no início do ciclo para os Jogos de Tóquio 2020. "Sabemos que
é um processo que leva um certo tempo e exige muita dedicação. Estamos
na luta e confiantes que empenho não vai faltar. E o Gabriel tem me
ajudado muito", completa Scheidt.
Respeito -
Mesmo ciente do estágio inicial na nova classe, Robert, que tem
quatro títulos da Kieler Woche (3 na laser e 1 na star), recebe
tratamento de estrela junto a organização e adversários na Semana de
Vela de Kiel.
Entre a novíssima geração do iatismo, a coragem e determinação de
Robert também chama a atenção. Que o digam os alemães Tim Fischer e
Fabian Graf, vice-campeões mundiais júnior no ano passado. "Nós vimos
Scheidt pela primeira vez no 49er em Palma de Mallorca. Ele é uma lenda
como Ben Ainslie (tetracampeão olímpico britânico). O seu
profissionalismo é, obviamente, notável. Um velejador bem sucedido como
ele, com certeza, se adaptará ao 49er depois de um certo tempo. Nosso
respeito por ele é enorme, mas, na Espanha, conseguimos estar na frente
dele”, diz Fischer, citando o Troféu Princesa Sofia, competição na qual o
bicampeão olímpico terminou em 11º lugar, enquanto ele terminou em
sétimo.
Foto: Sailing Energy
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