Segundo o blog Saída de Rede, do portal UOL, a FIVB confirmará ao final do Grand Prix deste ano o novo formato da principal competição anual da modalidade. A partir de 2018, a Liga Mundial de Vôlei, que começou a ser disputada desde 1990, será composta por 16 seleções e durará 5 semanas. E o Grand Prix, torneio do naipe feminino que começou a ser disputado desde 1993, mudará de nome e também se chamará Liga Mundial, com mesmo número de equipes e formato. A fase final da nova Liga Mundial permanecerá com 6 seleções.
Em razão do baixo retorno financeiro, a segunda e a terceira divisão serão extintas. Em cada Liga Mundial serão 16 seleções (atualmente são 12 na elite), para as quais a FIVB atribuiu o status de “classificadas” (e não escolhidas) a partir da combinação de fatores como histórico na modalidade e especificamente no torneio, resultados recentes, posição no ranking e infraestrutura para receber partidas. Destacar-se em apenas um desses itens não garantiria participação na competição. Embora de forma velada, o peso financeiro ou político das federações dos países “classificados” também foi determinante na formação da lista.
Participantes fixos e desafiantes
Tanto no masculino como no feminino, a FIVB estabeleceu 12 equipes fixas e quatro desafiantes, que dependendo do seu resultado na edição 2018 podem permanecer ou sair da Liga Mundial.
No masculino, as 12 equipes com presença permanente (até segunda ordem, afinal trata-se da FIVB) são: Brasil, Itália, Estados Unidos, Rússia, Sérvia, França, Argentina, Polônia, Irã, Alemanha, Japão e China. Os desafiantes: Canadá, Bulgária, Austrália e Coreia do Sul.
Já na competição feminina, as 12 seleções fixas são as seguintes: Brasil, China, Sérvia, Estados Unidos, Rússia, Holanda, Itália, Alemanha, Turquia, Japão, Coreia do Sul e Tailândia. Os desafiantes são: Polônia, Bélgica, República Dominicana e Argentina
Mais partidas
Na sua versão mais longa até aqui, na edição de 1996 e na de 2001, o Grand Prix teve quatro semanas de duração, fora as finais. A Liga Mundial, durante mais de uma década, teve seis semanas na fase classificatória, porém eram realizados dois jogos por rodada e naquele formato havia menos deslocamentos. As chaves tinham quatro seleções, que enfrentavam quatro vezes umas às outras, sendo duas em casa e duas como visitantes. Com isso, menos partidas eram disputadas, 12 na etapa de grupos, enquanto na edição 2018 elas irão jogar 15 vezes para tentar ir às finais.
Em 2017, tanto a Liga Mundial quanto o Grand Prix foram programados com três semanas na fase de classificação da divisão principal (assim como na segunda), ou seja, nove partidas para cada equipe antes das finais.
Por ser mais longa, a edição 2018 envolverá mais viagens. Cada país poderá ser sede de até duas etapas – a maioria será de uma. É possível que alguns dos 16 participantes em cada naipe não recebam jogos da Liga Mundial. A Argentina se mobiliza para ser sede das finais no masculino e a Itália no feminino. A confirmação do local da fase decisiva só deve ser feita pela FIVB no final deste ano.
Polêmica em relação ao novo formato
Antes mesmo de ser oficializado, o novo formato da Liga Mundial já desperta polêmica. Com informações de bastidores de que a segunda e a terceira divisão serão extintas, federações de países cujas seleções ficariam de fora do torneio obviamente não gostaram da notícia, ainda que algumas tivessem dificuldade em arcar com os custos da competição.
A ascendente Eslovênia fez barulho e deve seguir reclamando. Em junho, durante a disputa da segunda divisão e com as mudanças no formato do torneio sendo discutidas, o presidente da federação daquele país, Metod Ropret, afirmou que, caso sua seleção ganhasse e não tivesse uma vaga no campeonato no ano seguinte, “lutaria até o fim” para garantir esse direito. A Eslovênia, atual vice-campeã europeia, venceu a segunda divisão da Liga Mundial 2017, o que pelas regras em vigor este ano lhe asseguraria um lugar na elite em 2018. Porém, até porque ainda não houve anúncio oficial sobre as alterações, a federação eslovena não fez nada por enquanto.
Outra grande prejudicada seria a Bélgica, que fez uma boa campanha na edição deste ano da Liga Mundial, ficando em 7° lugar, quase conseguindo uma vaga para a Fase Final que foi disputada em Curitiba.
Fotos: FIVB e UOL
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