Uma tentativa do presidente da Federação Russa de Atletismo (RusAF) para revogar a proibição de seu país mo esporte foi fracassada depois que a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) avisou que era necessário que mais trabalho fosse feito para que pudessem ser aceitos de volta às competições.
Dmitry Shlyakhtin, presidente da RusAF, deve apelar para o Congresso da IAAF na quinta-feira (3) para tentar novamente revogar a suspensão imposta em novembro de 2015 na sequência de um relatório comissionado da Agência Mundial Antidoping (WADA) que encontrou evidências de doping patrocinado pelo Estado.
O relatório levou o país a ser banido dos Jogos Olímpicos do ano passado no Rio de Janeiro e significa que os 19 atletas da Rússia que disputam o Campeonato Mundial de Atletismo, que se iniciará na sexta-feira (4), devem competir sob uma bandeira neutra.
O Conselho da decisão da IAAF votou unanimemente hoje para manter a proibição da RusAF, uma posição que deverá ser apoiada pelas Federações Membros no Congresso.
"O relatório foi aprovado por unanimidade pelo Conselho. O progresso material foi feito, mas ainda há questões que precisam ser resolvidas em termos de alcançar várias das condições estabelecidas pelo Conselho para a reintegração da RusAF à adesão da IAAF. Essas condições ainda não foram cumpridas na íntegra, e várias etapas importantes continuam pendentes. Posso confirmar que nossa impressão é que eles realmente querem atender a todos os critérios que foram definidos. Precisamos trabalhar com a Rússia, a RusAF e as autoridades para remediar [os problemas] e cumprir os critérios. O principal problema é que nenhum teste significativo está sendo conduzido", anunciou Rune Andersen, presidente independente da Força-Tarefa da IAAF.
A RUSADA está otimista de que possa ser restabelecida pela WADA em sua próxima reunião do Conselho em novembro. Mas as primeiras autoridades superiores da IAAF esperam que a Rússia seja reintegrada à competição internacional no próximo mês de fevereiro, possivelmente a tempo do Campeonato Mundial de Atletismo Indoor em Birmingham (GBR).
O norueguês também disse que as autoridades ainda não reconheceram o relatório McLaren publicado em julho de 2016, que apontou o dedo para o doping patrocinado pelo estado em uma série de esportes na Rússia, incluindo atletismo.
"Isso precisa ser resolvido. Nós não descrevemos em detalhes a autoridade russa sobre como eles lidam com esse reconhecimento ou possível refutação das descobertas no relatório da McLaren. Eu acho que precisa ser entregue pelos russos. É difícil obter uma desculpa, mas precisamos de algum tipo de explicação sobre como lidar com este relatório da maneira mais efetiva", alertou Andersen.
Foto: Inside the Games
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