"Tudo o que eu queria era ser é um campeão olímpico. Tudo o que queria era ser é um campeão mundial. Eu fiz isso ", disse Ward, campeão olímpico em Atenas 2004 na categoria -81kg.
Com Ward pendurando as luvas, essa é a primeira vez desde 1952 que não existem boxeadores americanos campeões olímpicos no masculino em atividade. E Claressa Shields, medalhista de ouro em Londres e no Rio, é agora uma lutadora profissional e não disputará os Jogos de Tóquio.
Ward, de 33 anos, terminou sua carreira ficando invicto durante 13 anos, mas disse que o efeito acumulativo do boxe por 23 anos de atividade começou a pesar sobre seu corpo.
"Meu objetivo sempre foi me afastar deste esporte e me aposentar, mas também não queria deixar o esporte", Ward, apelidado de S.O.G. "Filho de Deus", disse na ESPN. "Eu tenho essa oportunidade hoje.
"Eu sei que é hora. Estudei aposentadorias. ... Como eles se afastaram, quem voltou e todas essas coisas diferentes. Eu conversei com muitos caras, e eles sempre me disseram, você só vai saber quando é hora. Ninguém mais saberá do que você.
Nas Olimpíadas de Atenas, Ward lutou em memória de seu pai, que morreu de um ataque cardíaco ao dormir aos 45 anos, dois anos antes dos Jogos. Depois de Atenas, tornou-se profissional e possui um cartel de 32-0, conquistando oito títulos mundiais.
Sua última luta foi vencida com um knock out em 17 de junho contra o russo Sergey Kovalev, para manter seu título da WBA, associação profissional de boxe.
"Eu quero deixar claro - vou embora porque meu corpo não aguenta mais os rigores do esporte e, portanto, meu desejo de lutar não está mais lá", afirmou Ward em um comunicado em seu site. "Se eu não posso dar a minha família, minha equipe e os fãs tudo o que eu tenho, então eu não deveria mais estar lutando".
Foto: Rick Bowmer / AP
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