Atual campeão mundial nos 100m, a prova mais nobre do atletismo,
Justin Gatlin virá ao Rio de Janeiro para participar da 5ª edição do Mano a Mano, que
acontece novamente na Quinta da Boa Vista, nos dias 30/9 e 1/10.
A
disputa, também de 100m, será realizada em uma pista montada sobre a
água. O velocista, que participa do desafio pelo segundo ano, segue
desafiando não só seus concorrentes, mas também a ciência, ao viver grande fase
de sua carreira. Em agosto, aos 35 anos, conquistou o bicampeonato mundial, desbancando
ninguém menos do que Usain Bolt. O
público presente ao Desafio Mano a Mano, com entrada gratuita, terá a
oportunidade de torcer por grandes ídolos do atletismo mundial, no
masculino, feminino e no paralímpico.
“Mais uma vez estou me preparando para o Mano a Mano. Estou
muito empolgado com esse grande evento. Tenho certeza que será muito
emocionante. Convido a torcida para participar. O evento acontecerá um lugar
lindo, com uma arena incrível e uma corrida muito veloz”, empolga-se Gatlin.
Após a última edição do Mano a Mano, em que se saiu vencedor,
com 10s19, ao bater Richard Thompson, de Trinidad e Tobago, e os brasileiros
Vítor Hugo dos Santos e José Carlos Moreira, o Codó, Gatlin obteve a melhor
marca de 2016: 9s80. O americano conquistou ainda a medalha de prata na
Olimpíada Rio 2016, ao bater 9s89, apenas oito milésimos de segundo atrás de
Usain Bolt.
Mas foi em 2017 que Gatlin voltou ao lugar mais alto do pódio em
um Mundial, após 12 anos de sua primeira conquista. O americano desbancou seu
compatriota Christian Coleman, além de Usain Bolt e conquistou o Campeonato
Mundial, em Londres, na Inglaterra.
Justin Gatlin, que brigará pelo bicampeonato, terá um atleta
estrangeiro como adversário, além de dois brasileiros, que sairão de uma prova
eliminatória no sábado.
O desafio Mano a Mano ainda irá
anunciar os nomes dos outros atletas que disputarão a competição.
Justin Alexander Gatlin, americano de Nova York, nascido no dia
10 de fevereiro de 1982, é campeão olímpico dos 100m rasos nos Jogos Olímpicos
de Atenas, em 2004. Além dessa medalha, conquistou a prata no revezamento
4x100m e o bronze nos 200m rasos, na mesma Olimpíada. Já em Londres-2012 ficou
com o bronze nos 100m rasos.
Em Campeonatos Mundiais, tem duas medalhas de ouro,
Helsinque-2005, conquistadas nos 100m e 200m rasos. Duas medalhas de prata nos
100m e no 4x100, em Moscou 2013 e mais duas de prata, em Pequim, 2015, nos 100
e 200m.
Seu melhor tempo nos 100m foi obtido em 2015, quando correu 9.74
segundos, em Doha, no Qatar, deixando claro que o velocista vivia uma de suas
melhores fases na carreira.
Nos Jogos Olímpicos de 2016, ficou com a medalha de
prata com a marca de 9.89.
Mas a grande redenção aconteceu no Mundial de Londres, em 2017,
com a conquista da medalha de ouro, nos 100m, com o tempo de 9.92s,
conquistando o título de campeão mundial pela segunda vez e tornando-se o
atleta mais velho a se tornar campeão mundial com 35 anos.
Sua carreira é marcada pela superação, tendo em vista que o
atleta americano já se envolveu em dois casos de doping na carreira, em 2001 e
em 2006. Na época, sua marca de 9.77 segundos foi anulada. Durante sua
suspensão, um fato curioso ocorreu em sua carreira: sem poder participar de
competições de atletismo por quatro anos, Gatlin decidiu tentar fazer uma
carreira no futebol americano, realizando treinos no Houston Texans. Em maio de
2007, o Tampa Bay Buccaneers, outro time da NFL (Liga Nacional de Futebol
Americano) anunciou que Gatlin seria um dos 28 agentes livres convocados a
participar de treinamentos. Contudo, apesar de ser um considerado um dos
atletas mais intrigantes, o americano não conseguiu ser aprovado. Gatlin
treinou como wide receiver.
Seu retorno ao atletismo ocorreu em agosto de 2010, quando
venceu os 100m em Rakvere, na Estônia, com o tempo de 10.24 segundos.
Foto: Divulgação
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