Lucas Lóh protagonizou uma das defesas mais bonitas da seleção brasileira masculina de vôlei na fase final da Liga das Nações, encerrada no domingo, em Lille, na França. O ponteiro defendeu com o pé uma bola praticamente perdida e na sequência ainda voltou para ajudar a parar o ataque adversário com um bloqueio. Foi a reação de quem jogou futsal antes de optar pelo vôlei. Os jogadores brasileiros desembarcam no país sem uma medalha na bagagem, já que o Brasil terminou na quarta colocação, após a derrota para os Estados Unidos por 3 sets a 0, neste domingo, na decisão da medalha de bronze.
Lóh juntou-se ao grupo na última hora, após a contusão do titular Lipe. Até então, treinava no Centro de Desenvolvimento do Voleibol, em Saquarema, para a Copa Pan-Americana, que será disputada no mês que vem, no México, e ainda não tinha sido titular na equipe adulta do Brasil em competições internacionais.
“Chegar na última fase da liga e jogar como titular nas finais foi um grande desafio para mim. infelizmente a oportunidade veio através da lesão de um amigo e importante membro do time. Eu só tenho que agradecer a confiança colocada em mim pela comissão técnica e todo o suporte que cada um me deu em um momento tão importante”.
O ponteiro conseguiu desempenhar bem a principal função para a qual foi chamado: aumentar a qualidade da linha de passe da seleção. A prova disso, é que Lóh terminou a Liga das Nações em segundo lugar na recepção, de acordo com as estatísticas da Federação Internacional (FIVB). Lóh teve um aproveitamento de 35,21%, atrás apenas do líbero do Brasil Thales, com 40% de eficiência, mas à frente de Sander, dos Estados Unidos, e de Ngapeth, da França, respectivamente, terceiro e quarto colocados.
“Fico feliz por ter ido bem nesse fundamento. Assumo isso mais como uma responsabilidade do que uma conquista. Porém, reconheço a necessidade de crescer no ataque, principalmente, avaliando os dois últimos jogos. Algo que pode melhorar com mais tempo de preparação e entrosamento. Continuo trabalhando com muita dedicação para o que for preciso”.
E para aquele garoto que, aos nove anos, foi o goleiro menos vazado da categoria fraldinha no campeonato de futsal disputado em Toledo, no Paraná, sua cidade natal, fica a lembrança da bola defendida com o pé na vitória contra a Sérvia, que colocou o Brasil nas semifinais da Liga das Nações. “Foi um lance bacana. Acho que os meus dias de futsal enfim deram frutos”.
Foto: FIVB
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