O nadador Ryan Lochte (USA) foi suspenso pela Agência Americana de Antidoping (Usada, sigla em inglês) até julho de 2019 por violação de regra antidoping. De acordo com o comunicado da Usada, o nadador americano de 33 anos, que ficou marcado no Brasil por ter inventado ser vítima de um assalto durante sua estadia nos Jogos Olímpicos Rio 2016, quebrou as regras ao fazer uma infusão intravenosa sem estar hospitalizado ou ter a licença para fazê-la. Dono de doze medalhas olímpicas, Lochte postou a foto realizando o procedimento em maio, o que deu origem à abertura da investigação.
Ryan Lochte encara sua segunda punição em menos de dois anos. Dessa vez, a punição teve origem em uma foto postada - e já apagada - em maio pelo próprio Ryan Lochte. Retroativo desde maio, Lochte está suspenso até julho de 2019. Afastado das piscinas, o nadador dono de 12 medalhas olímpicas perderá o campeonato nacional que será disputado nesta semana na Califórnia, onde competiria em quatro provas, e o Pan-Pacífico, em agosto deste ano. A punição põe em dúvida a esperança de Lochte de competir em Tóquio 2020.
"Isso é devastador para mim e minha família, e eu finalmente estava de volta à minha boa forma. Eu sei que isso parece uma pena dura para algo que não foi intencional e em que eu não pus nada proibido no meu corpo, mas regras são regras e eu aceito que houve uma violação técnica e vou ter aceitar as consequências. Eu posso estar fora das competições, mas vou continuar treinando todo dia. Eu não quero nada mais que ter o privilégio de nadar pelo meu país em minha quinta Olimpíada em Tóquio 2020" afirmou Lochte após a suspensão ter sido divulgada.
Punições por este tipo de conduta são raras. De acordo com o banco de dados da Usada, apenas dois atletas foram suspensos por infusão intravenosa: um por seis e outro por 14 meses. Além disso, nos últimos 10 anos, nenhum nadador recebeu punição superior a um ano, nem mesmo os que foram flagrados com substâncias proibidas.
Nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, Lochte e outros três americanos se envolveram em uma confusão em um posto de gasolina, mas divulgaram para a imprensa e para a polícia que haviam sido roubados. Depois de comprovada a mentira, o nadador foi suspenso por 10 meses pela federação americana e foi processado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por falsa comunicação de crime.
foto: AP
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