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Mundial de Vela 2018 - Último dia

O Mundial de Vela chegou ao fim neste domingo, dia 12, em Aarhus, e a Equipe Brasileira de Vela agora começa a voltar o foco para os Jogos Olímpicos. Com o resultado da última semana na Dinamarca, o país já carimbou passaporte de três classes rumo a Tóquio 2020: Laser, 49er FX e Nacra 17. O próximo compromisso importante do ano é o primeiro evento-teste em Enoshima, no Japão, em setembro.

O desfecho do Mundial teve uma pontinha de frustração para o Brasil. Após garantirem a vaga olímpica do país na sexta-feira, Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino ainda tinham esperanças de pódio na Nacra 17. Mas a regata da medalha deste domingo foi cancelada por falta de vento. Assim, a dupla brasileira encerrou a participação em quinto lugar, com 81 pontos perdidos. O ouro foi para os italianos Ruggero Tita e Caterina Banti (69 p.p.).

Além da Nacra, o Brasil obteve classificação na 49er FX, com o quarto lugar de Martine Grael e Kahena Kunze; e na Laser, com João Pedro Souto de Oliveira em 19º lugar no Mundial.

“Conseguimos alguns resultados expressivos, como a vaga do Laser, um resultado obtido por um velejador muito jovem, o que é promissor. No 49er FX, tivemos um quarto lugar que, para quem estava vindo de um ano de inatividade, é um excelente resultado. A Martine e a Kahena treinaram menos de um mês aqui em Aarhus e competiram contra várias adversárias que estavam no melhor do seu potencial. Outro resultado excepcional é o quinto lugar do Nacra, melhor resultado brasileiro na classe até o momento. Agora é partir para obter a vaga das classes que não conseguiram em Aarhus”, disse Torben Grael, coordenador técnico da Equipe Brasileira de Vela.

No mês de setembro, uma delegação de velejadores brasileiros vai para Enoshima para o primeiro evento-teste, a fim de conhecer a raia olímpica.

“O objetivo é a gente ter o primeiro contato com a raia de Enoshima. É o mesmo local da última Olimpíada no Japão (em 1964), de condições variadas. Pode ter de vento fraco a onda e muito vento. Inclusive com passagem de algum furacão, o que não é incomum no Japão. É importante ir para ter conhecimento das condições, testar nossas instalações e ver se funciona. No ano que vem, vamos com um planejamento de replicar exatamente o que vamos ter nos Jogos”, afirmou Torben.

O Mundial da Dinamarca foi a primeira competição classificatória para os países rumo a Tóquio 2020. As classes que ainda lutam por vaga terão novas oportunidades de carimbar passaporte para o Japão nos Campeonatos Mundiais de 2019 e nos eventos continentais de classificação. A definição de quais atletas vão representar o Brasil nos Jogos Olímpicos será feita ao longo dos próximos dois anos, de acordo com os critérios técnicos estabelecidos pela Confederação Brasileira de Vela, baseando-se nos resultados das principais competições nacionais e internacionais.

“O Mundial da World Sailing, com todas as classes juntas, sempre dois anos antes das Olimpíadas, é um campeonato difícil, com grande participação. Nível técnico fortíssimo. Muita gente vem tentar vaga olímpica aqui, por ser a primeira qualificação. A gente sai com três vagas. Foi um bom campeonato para o Brasil”, encerrou Torben.



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