O presidente do Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos enviou cartas de reprimenda para Gwen Berry do arremesso de martelo e o esgrimista Race Imboden por protestar contra o governo trump no momento da cerimônia de medalhas nos Jogos Pan-Americanos. eles ficarão de 'observação' por 12 meses, podendo ser suspensos se fizerem outro tipo de protesto semelhante em outras competições.
A Associated Press obteve cópias dos documentos enviado aos atletas e nele Sarah Hirshland , CEO do Comitê Olímpico e Paralímpicos dos Estados Unidos explica que eles serão os últimos levarem esse 'puxão de orelhas': "Também é importante para mim apontar que, daqui para frente, emitir uma reprimenda a outros atletas em uma situação similar é insuficiente", escreveu nas cartas enviadas na terça-feira.
Nem o punho erguido de Berry, nem o de Imboden, de joelhos, no estande de medalhas da Pan Am, tiveram consequências imediatas, em parte porque aconteceram no final dos Jogos que estavam terminando em Lima, no Peru. Mas a carta de Hirshland mostra que os atletas que tentassem o mesmo no próximo ano em Tóquio poderiam enfrentar uma reação diferente.
É o papel do COI disciplinar atletas que quebram regras que proíbem protestos políticos nas Olimpíadas - da mesma forma que o COI desencadeou a deposição de John Carlos e Tommie Smith após seu protesto icônico dos panteras negras em 1968. Antes de ir para as Olimpíadas, os atletas assinam formulários afirmando que estão cientes das regras e não os quebram.
"Reconhecemos que devemos definir com mais clareza para os atletas da equipe dos EUA o que uma violação dessas regras significará no futuro", escreveu Hirshland. “Trabalhando com os (atletas e conselhos nacionais dos órgãos de governo), estamos comprometidos em definir mais explicitamente quais serão as conseqüências para os membros da equipe dos EUA que protestarem em futuros Jogos.”
Em um tweet enviado logo após a cerimônia de medalhas de sua equipe nos Jogos Pan-Americanos, Imboden disse: "Racismo, controle de armas, maus-tratos de imigrantes e um presidente que espalha o ódio estão no topo de uma longa lista" de questões que precisam ser endereçada.
Berry disse que estava protestando contra a injustiça social na América e que era "importante demais dizer algo".
Hirshland disse que respeitava as perspectivas dos atletas e trabalharia com o COI "para se envolver em uma discussão global sobre esses assuntos. No entanto, não podemos ignorar as regras ou as razões pelas quais elas existem", escreveu ela.
foto:José Sotomayor/Lima 2019/AFP
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