O Brasil volta pra casa do Mundial de Canoagem Slalom realizado em La
Seu d’Urgell com vagas para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Depois de
quatro dias de provas, o saldo do evento foi garantido com duas finais
conquistadas por Ana Sátila, 10º lugar na canoa e 9º no caiaque, além da
disputa de dois barcos na semifinal do K1 Masculino.
No início da manhã deste domingo (29), Ana Sátila disputou a final do
C1 Feminino, ela não fez uma boa descida e teve toques em cinco balizas o
que a deixou com o tempo de 115.16s, com isso ficou na 10ª posição.
Quem ficou com a medalha dourada na disputa foi a alemã Andrea Herzog,
Jessica Fox da Austrália com a prata e Nadine Weratschinig da Austria
com a de bronze.
Nesta madrugada também teve as provas do K1 Masculino, Pedro Gonçalves
foi o barco brasileiro mais rápido na semifinal o seu tempo no percurso
foi de 90.37s e ficou na 24º posição, Guilherme Rodrigues em 34º lugar
com 102.13s. Os atletas não conseguiram passar para a final da categoria
que teve no pódio o checo Jiri Prskavec em primeiro lugar, e os
espanhóis David Llorente e Joan Crespo com o bronze.
Brasil conquista vagas olímpicas na Espanha
Ana Sátila obteve índice tanto na disputa do C1 quanto do K1 Feminino,
ela precisava ficar pela canoa neste domingo (29) no ranking dos 11
países mais bem colocados ela ficou em 8º lugar. No último sábado (28)
pelo caiaque garantiu a quarta posição entre as 18 primeiras nações que
buscavam a vaga olímpica.
De acordo com as regras da Federação Internacional de Canoagem (sigla
ICF em inglês), o mesmo atleta não pode ficar com duas cotas, ou seja,
ele tem que passar uma das cotas para outra nação subsequente, no
Mundial essa mesma situação de Ana aconteceu com mais quatro países,
Austrália, Estados Unidos, Andorra é Nova Zelândia, que tiveram que
optar por qual cota ficaria. No caso do Brasil, optou-se pela vaga da
canoa e liberou a vaga do caiaque.
Sátila teve um índice muito superior em relação às outras atletas do
Brasil tanto no K1 quanto no C1. O seu percentual de diferença é maior
do que o estipulado na circular para a seletiva nacional e também nas
credenciais para que um atleta buscasse uma vaga continental, sendo
assim ela será a única atleta feminina da Canoagem Brasileira em Tóquio.
Como Ana Sátila será a única representante, ela pode competir nas duas
categorias dos Jogos Olímpicos, sendo assim, ela pode disputar tanto no
C1 quanto no K1. Caso o país tivesse mais uma atleta apta para a disputa
e conquistado a vaga olímpica ela disputaria só em uma categoria.
“Essa regra também pode ser no gênero masculino. Se só ficarmos com a
vaga no K1 o atleta poderá competir no C1 se quiser, caso o Brasil não
garanta a vaga da canoa também”, comenta André Behs supervisor da
modalidade.
O K1 Masculino também tem vaga garantida, Pedro Gonçalves ficou em 16º
lugar, ou seja, dentro do ranking dos 18 países classificados para
Tóquio. Ele obteve a vaga para o Brasil e agora participará da seletiva
nacional que acontecerá no ano que vem no Rio de Janeiro, por ter
garantido a vaga para o País. Ele tem uma boa vantagem a frente dos
outros postulantes para ir aos Jogos, dos outros 100 pontos que pode
conquistar, ele já tem agora uma vantagem de 25.
C1 Masculino vai buscar a vaga continental
Com três vagas das quatro vagas já garantidas para Tóquio, agora o foco
é garantir mais um barco nos Jogos Olímpicos em 2020 pelo C1 Masculino
nas vagas destinadas para os continentes. Será uma única vaga que terá
uma boa briga entre Brasil, Argentina e Estados Unidos, os favoritos na
disputa, o Canadá garantiu no Mundial sua vaga. O evento de seletiva
pan-americana está previsto entre os dias 03 a 05 de abril de 2020 no
Parque Radical de Deodoro no Rio de Janeiro.
Foto: Divulgação
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