O ex-treinador Alberto Salazar e o endocrinologista Jeffrey Brown apelaram ao Tribunal de Arbitragem do Esporte (CAS em inglês), em Lausanne (Suíça) contra a suspensão de quatro anos aplicada pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA em inglês), em setembro e outubro respectivamente. O CAS comunicou na segunda-feira a admissão dos dois recursos e abertura de dois processos.
Salazar recebeu a decisão quando estava no Campeonato Mundial de Atletismo em Doha 2019, perdendo a credencial no evento. Como a partes solicitaram um prazo adicional para apresentação de evidências e documentação e por isso as audiências "dificilmente ocorrerão antes de março de 2020" segundo o CAS.
De acordo com a USADA, Salaza e Brown foram acusados de ter traficado testosterona e injetando nos atletas o aminoácido L-carnitina acima das doses autorizadas. Essa substância, além de ajudar a emagrecer, aumenta os níveis de energia melhorando o desempenho nos treinos e a resistência.
O treinador de origem cubana e o médico foram sancionadas após uma investigação pela USADA onde mais de 30 testemunhas relataram os esquemas de dopagem dentro do Projeto Nike Oregon (NOP) com atletas de alto nível, incluindo o bicampeão olímpico nas provas de 5.000m e 10.000m, Mo Farah, que se separou do técnico em 2017. O NOP também foi cancelado após as denúncias.
Foto: AP
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