O Canadá não enviará atletas aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio se forem realizados em julho de 2020. Na noite deste domingo, 22, o Comitê Olímpico do Canadá (COC) e o Comitê Paralímpico do Canadá (CPC) decidiram boicotar os eventos - mantidos para o meio do ano até segunda ordem -, solicitando ao COI seus adiamentos. O motivo do boicote canadense é a insegurança mundial gerada pela pandemia do novo coronavírus.
"O Comitê Olímpico Canadense (COC) e o Comitê Paraolímpico do Canadá (CPC), apoiados por suas Comissões de Atletas, organizações esportivas nacionais e pelo governo do Canadá, tomaram a difícil decisão de não enviar equipes canadenses para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos no verão de 2020", disse um comunicado das entidades.
"O COC e o CPC apelam urgentemente ao Comitê Olímpico Internacional (COI), ao Comitê Paralímpico Internacional (IPC) e à Organização Mundial de Saúde (OMS) para adiar os Jogos por um ano e oferecemos todo o nosso apoio para ajudar a navegar por todo o complexidades que o reagendamento dos Jogos trará", pontuou a nota.
O COC e o CPC reiteraram que o boicote não é referente apenas à saúde dos atletas, mas também à saúde pública. "Com o COVID-19 e os riscos associados, não é seguro para nossos atletas, a saúde e a segurança de suas famílias e da comunidade canadense em geral para os atletas continuarem treinando para esses Jogos. De fato, isso contraria os conselhos de saúde pública que instamos todos os canadenses a seguir", finalizou.
Caso os Jogos sejam mantidos para julho, o evento perderá um grande prestígio sem a presença em peso do Canadá. Para Tóquio-2020, o país já tinha 252 atletas qualificados. Nos Jogos Olímpicos da Rio 2016, o Canadá foi a nona maior delegação em número de atletas, com 314 no total. Na ocasião, conquistou 22 medalhas, sendo 4 de ouro, 3 de prata e 15 de bronze.
Mas, ao que tudo indica, o maior evento esportivo do planeta, realmente, não deve ser iniciado em 24 de julho deste ano. Nesta semana, surgiu um forte movimento nas redes sociais pedindo a transferência dos Jogos em um ano, que mobilizou diversos atletas, federações esportivas, dirigentes e comitês olímpicos nacionais.
Neste domingo, 22, o Comitê Olímpico Internacional (COI) estipulou um prazo de quatro semanas para tomar a decisão final sobre o evento. Seguindo os passos da entidade, o primeiro-ministro Shinzo Abe mudou seu discurso e admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de adiamento dos Jogos.
Foto: Matt Slocum/AP Photo
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