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COI dá prazo de quatro semanas para decidir se adia os Jogos Olímpicos de Tóquio


O Comitê Olímpico Internacional (COI) deu um prazo de quatro semanas para tomar uma decisão final sobre o futuro dos Jogos Olímpicos de Tóquio. O Conselho Executivo da entidade realizou uma reunião de caráter emergencial neste domingo, 22, e resolveu estipular uma data-limite para avaliar o adiamento da Olimpíada, abalada por conta da pandemia do novo coronavírus.

Caso seja realmente adiado, o COI já trabalha com três novas datas para a realização do maior evento esportivo do planeta: outubro ou novembro de 2020, verão de 2021 e verão de 2022.

Em comunicado oficial, o COI enfatizou a complexidade deste cenário, observando que, para uma não realização dos Jogos em 24 de julho, deve haver cooperação de muitos elementos, como do governo japonês, do Comitê Organizador de Tóquio 2020, das 33 federações esportivas internacionais, dos 206 comitês olímpicos nacionais, das emissoras de TV, como NBC, e dos patrocinadores.

No encontro extraordinário deste domingo, também foram descartadas as chances de um cancelamento da Olimpíada, bem como da realização desta sem público.

"As vidas humanas têm precedência sobre tudo, incluindo a realização dos Jogos. O COI quer fazer parte da solução. Portanto, tornamos nosso princípio principal proteger a saúde de todos os envolvidos e contribuir para conter o vírus. Desejo, e todos estamos trabalhando para isso, que a esperança que tantos atletas, comitês olímpicos nacionais e federações internacionais dos cinco continentes tenham expressado seja cumprida: a chama olímpica será uma luz no fim deste túnel do momento obscuro que todos estamos passando juntos”, disse o presidente do COI, Thomas Bach, em nota da entidade. 

Esta é a primeira vez que Bach e o COI admitem a real possibilidade de adiar os Jogos de Tóquio. Desde o início da pandemia do novo coronavírus, muitas especulações surgiram, mas o Comitê sempre manteve seu discurso oficial de que os Jogos ocorreriam conforme o planejado em 24 de julho.

Neste final de semana, no entanto, a pressão sobre a entidade aumentou, quando surgiu um forte movimento de atletas, dirigentes, confederações nacionais e até comitês nacionais que pede o adiamento dos Jogos para 2021. Diversos atletas brasileiros se manifestaram pelas redes sociais, enquanto o Comitê Olímpico do Brasil (COB) emitiu um comunicado oficial defendendo a retardação do início da Olimpíada em um ano.

Foto: Associated Press

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