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Comitê Olímpico da Eslovênia também pede adiamento da Olimpíada de Tóquio


A cada dia mais Comitês Olímpicos Nacionais seguem o exemplo pioneiro da Noruega e do Brasil e pedem pelo adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

O Presidente do Comitê Olímpico da Eslovênia (OKS), Bogdan Gabrovec. se manifestou na sexta-feira que discorda da posição oficial do COI, e em especial de seu Presidente Thomas Bach, que anunciou ainda não considerar o adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio este ano.

“Eles dizem que ainda não é o momento para adiar, mas pensamos o contrário. Não será possível fazer os Jogos Olímpicos em Julho. Nestas condições, os atletas não tem possibilidades iguais de se preparar para os jogos. É simplesmente impossível, o mundo não é louco para seguir histórias impossíveis”, comentou Gabrovec, que se direcionou a Thomas Bach, campeão olímpico de sabre em Montréal-1976.

“Como um atleta bem-sucedido, você deveria saber que se um atleta aprende com apenas um mês de antecedência que as Olimpíadas serão adiadas para outubro, como pensamos que deveria ser, ele ou ela não pode mudar sua preparação de um modo adequado. Você que vem do esporte deveria saber o quão é difícil para um esportista se preparar duas vezes para o pico de uma temporada. Se o anúncio vier muito tarde, é melhor não ter nenhum Jogos”, declarou o Presidente do Comitê Olímpico da Eslovênia.

Ele ainda lembrou que os Jogos não precisam necessariamente ser disputados em Julho, época em que o calor de Tóquio chega a níveis altíssimos. “Já houveram Jogos em Tóquio em outubro, por que não agora?”.

Outra opção e está sendo circulada é o adiamento em um ano dos Jogos de Tóquio e Gabrovec não tem problemas com essa possibilidade, mas insiste que está muito cedo em fechar uma posição quanto as datas. “Existem os Jogos do Mediterrâneo, mas nós sabemos o que tem acontecido com eles recentemente, sendo adiados por vários motivos. Nâo teria nada de errado com os Jogos de 2021, se a situação se acalmar. Mas se não, significa que os Jogos Olímpicos não importariam de nada, estaríamos focados apenas em uma luta pela sobrevivência”.

O presidente ainda afirmou que conversou com a Ministra da Educação, Ciência e Esporte, Simona Kustec Lipicer para entre outras coisas pedir licenças especiais de treinamento para os atletas visando os Jogos de Tóquio, o que foi negado já que o Estado não fará exceções para as medidas de contenção ao Covid-19.

Ele ainda lembrou da situação de cerca de 7.000 trabalhadores de esporte em regime de freelance (trabalhos esporádicos e temporários) no país, que estão em uma posição particularmente difícil. “Como em outros casos, o Estado falhou em prometer reembolso parcial dos salários perdidos. Para alguns trabalhadores, como do Exército e Polícia, não haverá problemas, mas outros não assistidos pelo Estado haverá um desastre”, concluiu.


Foto: Comitê Olímpico da Eslovênia

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