Uma vaga olímpica tem causado muita confusão na Espanha. O arqueiro Miguel Alvariño, de 25 anos, venceu a seletiva olímpica nacional e obteve o direito de representar o país nos Jogos de Tóquio em 2020. O adiamento da Olimpíada para 2021, no entanto, fez a classificação tornar-se incerta, mesmo o Comitê Olímpico Internacional (COI) tendo confirmado que todas as vagas já obtidas estariam asseguradas para o próximo ano.
De acordo com o Mundo Deportivo, a própria Real Federação Espanhola de Tiro com Arco (RFETA) é quem contesta a classificação de Alvariño, sob a justificativa de que suas convocatórias são para a temporada, e não para eventos específicos. A entidade nacional alega que, com o adiamento, a vaga segue em posse da federação, e não do arqueiro e, por isso, quer realizar um novo qualificatório interno no próximo ano.
A Espanha possui uma cota no tiro com arco em Tóquio-2020, obtida com o bronze de Pablo Acha no Campeonato Europeu de Minsk de 2019. Como a vaga garantida não foi nominal, mas destinada ao Comitê Olímpico Espanhol (COE), coube à RFETA realizar um processo seletivo para definir quem ocuparia o posto e representaria o país.
Ao todo, a seletiva foi composta por oito provas, durando de outubro do ano passado até fevereiro de 2020. Campeão europeu em 2015, Alvariño foi o grande vencedor e obteve o direito de ir a Tóquio. O Conselho Superior de Esportes espanhol (CSD) e até a World Archery, federação internacional do esporte, carimbaram a vaga no nome de Alvariño, mas a federação espanhola e o COE não a confirmaram.
"Não tem pé nem cabeça", disse Xaquin Mira, treinador de Alvariño. "Existe confirmações da Federação Internacional e a CSD e Miguel tem um contrato assinado pelo qual ele está submetendo às diretrizes da federação e à disciplina do técnico da seleção", explica.
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O contrato em questão foi firmado logo após a obtenção da vaga olímpica de Alvariño, no início do ano, detalhando as condições aceitas para o atleta ser o representante espanhol nos Jogos. O documento atualmente está em posse do advogado de Alvariño, que planeja levar o caso às autoridades competentes para reivindicar sua conquista de ir a sua segunda Olimpíada no próximo ano
Recentemente, o presidente do COE, Alejandro Branco disse que a RFETA voltar atrás em sua decisão seria ilógico. "É impossível mudar as regras. Não podemos dizer aos que já estão classificados que não estão classificados. No final do jogo, não pudemos mudar as regras, isso é impossível", declarou.
Foto: Divulgação/World Archery
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