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COI vai auxiliar federações internacionais afetadas pelo adiamento dos Jogos de Tóquio


O Comitê Olímpico Internacional (COI) disponibilizará apoio financeiro às federações esportivas e aos comitês nacionais que perderam receitas com o adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio, de acordo com John Coates, chefe da Comissão de Coordenação de Tóquio-2020.

"Não permitiremos que qualquer uma de nossas federações internacionais ou comitês olímpicos entre em colapso. Vamos ajudá-los", afirmou Coates em uma conferência de imprensa após uma reunião de revisão entre organização dos Jogos e COI, realizada via video-conferência, nesta quinta-feira, 16.

Segundo o australiano, o COI já está em contato com os organismos para determinar, de forma precisa, os custos adicionais que o adiamento de Tóquio-2020 trouxe, bem como discutir a melhor maneira de assisti-los durante essa crise. 

No último final de semana, o presidente do COI, Thomas Bach, em entrevista ao portal alemão Die Welt, já havia dito que a entidade assumiria sua parte dos custos extras relacionados à mudança de data dos Jogos.

Os valores exatos do quanto será gasto ainda não são precisos, mas já estima-se que os custos adicionais estão entre U$ 2 bilhões e U$ 6 bilhões. Bach já afirmou, também, que o adiamento custará "centenas de milhões de dólares" aos cofres do COI.


Preocupação quanto à realização do megaevento em 2021?

Após uma fala recente de Toshiro Muto, CEO de Tóquio-2020, em que a pandemia de Covid-19 pudesse atrapalhar os planos de realização dos Jogos Olímpicos em 2021,  Coates tentou amenizar a situação na conferência desta quinta e afirmou que o COI tem "boa fé" de que os Jogos serão celebrados conforme o previsto, no próximo verão.

Segundo ele, todas as medidas de segurança necessárias estão sendo tomadas pelo governo do Japão e pela Organização Mundial da Saúde para garantir a plena realização do megaevento no ano que vem.


Foto: Kazuhiro Nogi/AFP

Coates acrescentou que a realização dos Jogos poderão impulsionar o Japão em meio a uma crise global. "O Japão estará como o resto do mundo, em uma crise econômica, talvez uma recessão, e esses Jogos são uma oportunidade muito positiva de um estímulo econômico. Esses Jogos podem impulsionar a economia novamente. Podem ser o renascimento da indústria do turismo e oferecerem oportunidades para as operadoras hoteleiras e companhias aéreas. Eles obviamente fornecerão empregos, com novos eventos na primavera", afirmou.


Logística

Quanto aos preparativos logísticos em relação ao próximo ano, o COI e os organizadores japoneses decidiram que a estrutura existente e a programação original serão respeitadas o máximo possível. Assim, acordos relacionados a direitos de transmissão, instalações esportivas ou datas de competições tentarão ser mantidos.

"Estamos em consulta com os construtores e proprietários de todos os locais para usá-los da mesma maneira em 2021, como planejado em 2020, mas ainda não chegamos a nenhuma conclusão", disse Coates sobre os contratos das arenas esportivas.

"Existem vários locais envolvidos, que têm contratos diferentes, e existem diferentes entidades que possuem locais. Alguns deles são entidades privadas, outros são públicos, portanto todas as situações são diferentes. Temos que analisar cada caso diferente de maneira muito elaborada e muito clara", disse Yoshiro Mori, presidente do Comitê Organizador de Tóquio-2020.

Foto: AFP

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