"Estamos pensando em duas partes em vez de quatro partes para as cerimônias de abertura e de encerramento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos", disse Yoshiro Mori, presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio, em entrevista ao Nikkan Sports, nesta terça-feira, 28.
"Em outras palavras, a ideia é realizar uma cerimônia unificada de abertura para as Olimpíadas e as Paralimpíadas no começo das Olimpíadas e uma cerimônia de encerramento geral no final das Paralimpíadas", disse o japonês, que já havia dito que o coronavírus deve estar presente nas celebrações.
Algo inédito na história, a união das cerimônias ainda é apenas uma ideia em análise pela organização. Mori deixou claro que nem o Comitê Olímpico Internacional (COI) e nem o Comitê Paralímpico Internacional (IPC) se manifestaram e ainda precisarão discutir e aprovar a proposta.
"Não vai ser fácil. Primeiro, o COI e o IPC concordam? O que fazer com os ingressos já vendidos? Além disso, há problemas de direitos de transmissão de TV e grandes barreiras. Espero que todos os envolvidos entendam que o adiamento para 2021 é o primeiro da história das Olimpíadas", disse Mori.
Foto: Issei Kato/REUTERS |
COI e Japão ainda não se entenderam sobre quem arcará com os custos adicionais referentes ao adiamento dos Jogos de Tóquio. Mas tudo indica que deva ser o Japão, de acordo com o contato firmado entre o Governo Metropolitano de Tóquio e o COI, em 2013. Yoshiro Mori disse que uma reunião acontecerá, em breve, entre as partes japonesas e John Coates, presidente da Comissão de Coordenação de Tóquio-2020, para discutir a situação.
Economistas já disseram que os Jogos de Tóquio não serão os "salvadores" da economia japonesa em 2021, sendo que esta poderá entrar em recessão antes mesmo do início do megaevento, por conta da pandemia do coronavírus.
Também na entrevista desta terça, Mori confirmou que os Jogos de Tóquio não sofrerão um novo adiamento caso a pandemia chegue até 2021, e sim, cancelados.
Foto: Reprodução/Youtube
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