Após anos de investigação, promotores do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ), em documento tornado público, alegaram que executivos da FIFA receberam suborno em troca de votos para Rússia e Catar na escolha das sedes dos Mundiais de 2018 e 2022, respectivamente. As eleições ocorreram em 2010.
As acusações dos promotores fazem referência ao ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, o ex-presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Nicolás Leoz, além do ex-presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA) Julio Grondona, que teriam recebido a proposta e aceitado propina em troca de votos para eleger o Catar como sede da Copa de 2022.
Grondona faleceu em 2014 após complicações cardíacas durante uma cirurgia e Leoz morreu em 2019, após sofrer um infarto.
Já Ricardo Teixeira está entre os 16 acusados da justiça norte-americana no "Caso FIFA", lista que inclui também outro ex-presidente da CBF, Marco Polo Del Nero. Ambos já foram banidos de atividades ligadas ao futebol.
Em entrevista recente à CNN Brasil, Ricardo Teixeira afirmou que as acusações do DOJ eram "perseguição" motivada por ele não ter votado nos Estados Unidos, na disputa contra o Catar para ser a sede da Copa de 2022. "Eu matei a copa deles, e eles sabem disso", afirmou o ex-presidente da CBF na oportunidade.
Foto: CNN Brasil/Divulgação |
Foi dito ainda pelos promotores, que a Rússia teria pago US$5 milhões para o ex vice-presidente da FIFA, Jack Warner, através de várias empresas de faixada, para que ele também vendesse seu voto.
Mais um envolvido no esquema de venda de votos, segundo a acusação, é o executivo guatemalteco Rafael Salgueiro, que já tinha processos de lavagem de dinheiro e fraude, e que teria recebido US$1 milhão para dar seu voto à Rússia.
Os organizadores dos Mundiais da Rússia e do Catar negaram o pagamento de subornos.
Foto: FIFA/Divulgação
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