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Surto Recapitula: Confira um resumo de como está o ciclo olímpico do Atletismo


Aproveitando este período de inatividade por conta da pandemia do coronavírus, faremos um resumo de como anda o ciclo olímpico de cada modalidade, começando o especial com o atletismo.

O Mundial de 2017 disputado em Londres marcou a aposentadoria da lenda jamaicana Usain Bolt. Ele conquistou o bronze na prova dos 100 metros rasos, prova vencida pelo americano Justin Gatlin, seguido do compatriota Christian Coleman. A prova que marcou sua despedida das pistas foi o revezamento 4 x 100 metros, em que acabou se lesionando, não completando a prova para a equipe jamaicana. Depois de fazerem dobradinha em Londres, Justin Gatlin e Christian Coleman novamente duelaram na final dos 100 metros rasos no Mundial de Doha em 2019, só que dessa vez Coleman levou a melhor, dando o troco em Gatlin.

O Brasi conquistou uma medalha de bronze no Mundial de Londres com Caio Bonfim na prova dos 20 km da marcha atlética, a primeira da história do país na categoria. Entretanto, seu ciclo foi prejudicado por uma suspensão de seis meses por doping em 2018. No ano seguinte, foi medalha de prata no Pan de Lima. Já no feminino, Érica de Sena bateu na trave nas principais competições internacionais deste ciclo, ficando em quarto lugar nos Mundiais de Londres e Doha e na Copa do Mundo de 2018. No Pan de Lima ela conquistou a medalha de bronze, em que reclamou muito da arbitragem.

O ano de 2019 foi muito bom para o revezamento 4 x 100 m do Brasil. O quarteto formado por Rodrigo Nascimento, Jorge Vides, Derrick Souza e Paulo André conquistou o título do Mundial de Revezamento em Yokohama e ficou em quarto lugar no Mundial de Atletismo em Doha com o tempo de 37.72, batendo em dezoito centésimos o recorde sul-americano da prova, que durava desde a medalha de prata conquistada pelo Brasil em Sydney 2000.


Darlan Romani foi o atleta brasileiro que mais evoluiu durante este ciclo olímpico. No Mundial de Londres em 2017 ficou em 15° lugar, não avançando para a final. Já no ano seguinte, chegou à final da Diamond League ficando em quarto lugar. Já a temporada de 2019 foi de afirmação para o brasileiro. Ele venceu a etapa de Stanford da Diamond League com a melhor marca da carreira (22.61m) e conquistou o segundo lugar na etapa final da mesma competição. No Mundial de Doha ficou em quarto lugar. Sem a presença dos americanos Joe Kovacs e Ryan Crouser, ouro e prata no Mundial, Darlan conquistou o ouro no Pan de Lima sem dificuldades.

Campeão olímpico do salto com vara nos Jogos do Rio, Thiago Braz já veio na contramão do Darlan, conquistando poucos bons resultados neste ciclo. Em 2019, atingiu sua melhor marca deste ciclo com 5.92m no Meeting de Mônaco em julho. Mas um mês depois no Pan de Lima, ele ficou fora do pódio e viu o compatriota Augusto Dutra conquistar a prata. No Mundial de Doha em outubro, terminou em quinto lugar. O ciclo olímpico do salto com vara vem sendo dominado pelo americano Sam Kendricks, que conquistou dois títulos mundiais e da Diamond League, mas o sueco Armand Duplantis, atual recordista mundial, vem pintando como seu principal adversário na briga pelo ouro em Tóquio.

Paulo André surgiu como o velocista brasileiro mais promissor da atualidade e vem tentando ser o primeiro atleta do país a correr abaixo dos 10 segundos nos 100 metros rasos. Ele chegou muito próximo em algumas ocasiões. Sua melhor marca homologada foi de 10.02 em 2018. Ele até chegou a marcar 9.90 em agosto do ano passado, mas a marca não foi homologada pois o vento estava bem acima do permitido. No Pan de Lima ele conquistou a medalha de prata.

Outra grande promessa que surgiu neste ciclo foi Alison dos Santos, nos 400 metros com barreiras. Em 2019, conquistou o ouro no Pan de Lima com a marca de 48.45, sua melhor até então. No Mundial de Doha baixou por duas vezes sua melhor marca pessoal. Nas semifinal fez 48.35. E na final terminou em sétimo lugar com a marca de 48.28. Seu desafio agora é baixar a marca dos 48 segundos para brigar por medalha em Tóquio.

Até o momento, dezessete atletas brasileiros conquistaram o índice para os Jogos de Tóquio. Além disso, o Brasil já está classificado para o revezamento 4 x 100 metros masculino e pro 4 x 400 metros misto, que fará sua estreia nos Jogos.

Fotos: Wagner Carmo/CBAt

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