A Vila Olímpica dos Jogos de Tóquio poderá ser usada como um hospital temporário para pacientes com coronavírus, de acordo com Yuriko Koike, governadora de Tóquio. O complexo de 24 edifícios contém 5.600 apartamentos, que serão a casa de 11 mil atletas durante a Olimpíada e de 4 mil na Paralimpíada.
Por conta do adiamento dos Jogos para 2021, a vila ficará desabilitada por cerca de 16 meses e Koike disse que a estrutura seria uma ótima opção para abrigar enfermos durante a pandemia. O único problema, no entanto, é que todas as construções do local ainda não estão concluídas.
"Estamos falando de lugares disponíveis hoje ou amanhã e verificando as possibilidades, de um por um", disse a governadora nesta sexta-feira, que também indicou que outra alternativa seria alugar quartos de hotéis para isolar os pacientes infectados.
O Japão e, principalmente, Tóquio estão registrando um crescimento de casos de Covid-19 nos últimos dias. Somente na sexta, foram confirmadas 89 infecções na capital japonesa. Na quinta, foram 97. Ao todo, o país-sede das próximas Olimpíadas tem mais de 2.600 casos e 63 mortes por coronavírus.
A Vila dos Atletas de Tóquio-2020 preza pela sustentabilidade. As camas foram planejadas para serem cem por cento recicláveis, cuja estrutura é de papelão e o colchão feito integralmente a partir de poliéster. A praça da vila, local de comunhão entre os hóspedes, foi construída com madeira reutilizável. Após os Jogos, o complexo será reformado e os apartamentos serão vendidos. Quase mil deles já foram vendidos, por preços que variam entre R$ 2,6 mi e R$ 10,6 mi.
Foto: Jae C. Hong/AP
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