Finalmente, uma injustiça histórica foi reparada. Cláudio Roberto de Sousa, reserva do revezamento 4x100m medalha de prata em Sydney 2000, receberá sua medalha com 20 anos de atraso. Na regra, todo reserva que participar ao menos de uma prova do 4x100m tem direito a uma medalha, apesar de não poder estar no pódio. As informações são da reportagem do programa 'Fantástico' da TV Globo
Cláudio disputou a eliminatória do 4x100m no lugar de Claudinei Quirino, fechando o revezamento brasileiro. Cláudio não participou da final, por isso, não subiu no pódio. Sua medalha seria enviada posteriormente. Mas ele voltou ao Brasil e não a recebeu.
Ele cobrou o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que cobrou ao Comitê Olímpico Internacional (COI), que cobrou ao comitê organizador de Sydney e nesse jogo de empurra, ficou sem medalha recebendo apenas um broche e um pedido de desculpas do COI em 2003.
Apensar de seu nome constar entre os medalhistas em todos os documentos oficiais do COI, ele nunca teve a medalha de prata nas mãos. Em 2016, André Domingos e Edson Luciano deram de presente a ele, uma réplica da medalha, com o aval da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).
Mas em 2019, veio a grande reviravolta. Ao se encontrar com o vice-presidente do COB, Marco Antônio La Porta, Claudio contou sua história e ouviu dele a promessa de que o comitê olímpico brasileiro correria atrás dessa medalha novamente.
Mas em 2019, veio a grande reviravolta. Ao se encontrar com o vice-presidente do COB, Marco Antônio La Porta, Claudio contou sua história e ouviu dele a promessa de que o comitê olímpico brasileiro correria atrás dessa medalha novamente.
O COB então entrou em contato com o COI para checar a possibilidade de se reavaliar o caso. Por quatro meses, os dois comitês trocaram ofícios e promoveram reuniões. Até que em 6 de maio deste ano, ou 7.158 dias depois de o ex-velocista brasileiro adquirir o direito de botar no peito uma medalha olímpica de prata, o COI comunicou o COB de que encaminhará a honraria até o fim do verão europeu - entre agosto e setembro. Também enviará um novo pin e um diploma de medalhista olímpico.
"Eu só tenho a agradecer. Todo mundo fala que eu sou passivo em relação a isso, mas graças a Deus essa passividade faz com que pessoas falem por mim" disse o ex-atleta ao site globoesporte.com, que coordena um projeto onde dá aula de atletismo para crianças em Teresina, onde mora.
Quando a nova medalha chegar, e a pandemia do novo coronavírus arrefecer, o COB promete fazer uma solenidade para entregá-la a Cláudio.
foto:Reprodução
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