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IWF divulga novo sistema de qualificação olímpica do levantamento de peso


A Federação Internacional de Halterofilismo (IWF) divulgou nesta sexta-feira, 29, os novos critérios de qualificação olímpica para os Jogos de Tóquio, seguindo aprovação do Comitê Olímpico Internacional (COI). A corrida olímpica foi estendida até 30 de abril de 2021, após diversos cancelamentos e suspensões de eventos causados pela pandemia de Covid-19.

Todos os resultados obtidos anteriormente estão mantidos, garantiu a IWF. Haverá uma nova janela de 1º de outubro deste ano até 30 de abril do ano que vem, a ser somada com os resultados anteriores. Todos os atletas serão obrigados a participar, até mesmo aqueles que já possuem pontos suficientes para classificar-se para a Olimpíada.

No sistema original, a qualificação olímpica foi dividida em três fases, de seis meses cada uma, a começar em 1º de novembro de 2018. Os atletas deveriam competir ao menos seis vezes durante esses 18 meses para ficarem elegíveis aos Jogos de Tóquio, mas apenas quatro resultados são válidos para o ranking: um de cada uma das três janelas e um extra referente à maior pontuação obtida no geral.

Antes da paralisação pelo coronavírus, as duas primeiras fases do processo qualificatório foram encerradas normalmente. Assim, todos os resultados obtidos durante os doze meses seguem válidos. Já a fase três será dividida em duas partes, A e B.

A parte A foi corrida do período de 1º de novembro de 2019 até 30 de abril deste ano. A parte B será válida de 1º de outubro de 2020 até 30 de abril de 2021, com a presença de todos aqueles eventos cancelados ou adiados durante a parte A, incluindo o Campeonato Mundial Júnior e os cinco torneios continentais. Nenhuma nova competição poderá ser adicionada ao processo qualificatório, apenas aquelas já programadas na parte A poderão ser computadas para o ranking.

A federação também queria fazer uma espécie de camping de treinamento antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio, com a presença obrigatória de todos os 196 atletas classificados, para garantir que estivessem limpos de doping durante a Olimpíada. No entanto, a Comissão de Esportes do COI vetou essa proposta, alegando que isto geraria custos extras aos comitês olímpicos nacionais e nada tinha a ver com mudanças relacionadas à Covid-19.

Apesar da rejeição, a IWF segue tentando acabar com o doping no esporte. "A ideia de que apenas os países com um histórico comprovado de levantamento de peso limpo competem nos Jogos Olímpicos - que foram repetidamente bem-vindos pelo COI - permanece em vigor", destacou Ursula Papandrea, presidenta interino da entidade.

Ao todo, serão classificados 56 atletas de cada naipe via ranking mundial e 35 por meio das pontuações continentais. Seis vagas, três em cada naipe, são destinadas ao Japão por ser país-sede, enquanto outras oito, quatro para os homens e quatro para as mulheres, são reservadas para a Tripartite. Vale destacar que serão 14 categorias do levantamento de peso em Tóquio-2020, sete para cada gênero, onde há um limite máximo de 14 atletas por disciplina.

No momento, o Brasil possui dois atletas em posição de qualificação: Fernando Reis, por ser o sétimo colocado no ranking absoluto da categoria acima de 109kg, e Natasha Rosa, ganhando a vaga continental das Américas na 49kg. Jaqueline Ferreira, sexta colocada no último Mundial, está numa disputa acirrada com a chilena Maria Fernanda Paris pela cota americana na 87kg. A diferença das duas é de dez pontos, quase nula.


Foto: Reuters

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