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AIU confirma suspensão provisória de Christian Coleman por falha no paradeiro


A Unidade de Integridade do Atletismo (AIU, em inglês) confirmou na madrugada desta quarta-feira (17) a suspensão provisória do corredor norte-americano Christian Coleman, campeão mundial dos 100m rasos em 2019, por ter falhado em se apresentar a três exames antidoping no ano passado.

Segundo as normas da entidade, os atletas devem se disponibilizar para exames antidoping mesmo fora do período de competição. Para tal, precisam indicar um local e um horário para a realização dos testes. Caso não se apresentem nas condições previstas em três oportunidades durante um período de 12 meses, os esportistas são considerados culpados por falhas no "paradeiro" e podem ser suspensos.

Na terça-feira, Coleman já havia admitido em post no Twitter que havia perdido os testes e que provavelmente seria punido. No entanto, o atleta acredita que o terceiro exame, marcado para dezembro de 2019 e não concluído devido à ausência do velocista, teria sido propositalmente programado para afetá-lo e criticou a AIU, alegando não ter recebido nenhuma ligação dos agentes da entidade em relação a seu paradeiro.

Ao site especializado Inside the Games, a AIU negou a necessidade de realizar ligações telefônicas quando o atleta não se apresenta no local e no horário estipulados para o exame.

"Os testes conduzidos pela AIU são feitos sem aviso prévio e instruções para não fazer chamadas telefônicas a um atleta são dadas aos oficiais de controle de doping pela AIU, com exceções limitadas", afirmou a entidade. "Quando um atleta não está presente no local especificado durante o período de 60 minutos designado, os oficiais de controle de doping são instruídos a permanecer no local por 60 minutos completos."

A entidade declarou ainda que o não-recebimento de uma chamada telefônica não isenta o esportista de um teste perdido.

"O Padrão Internacional para Testes e Investigações da Agência Mundial Antidopagem e as diretrizes associadas explicitam claramente que (i) uma ligação é discricionária e não um requisito obrigatório, e (ii) a prova de que uma ligação foi feita não é um requisito obrigatório de um teste perdido e a falta de qualquer ligação telefônica não dá ao atleta uma defesa à afirmação de um teste perdido".

Ouro nos 100m rasos e no revezamento 4x100m no Campeonato Mundial de Atletismo em Doha, no ano passado, Christian Coleman já tinha conquistado o índice de classificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio e tentaria confirmar a vaga na seletiva americana em junho de 2021. No entanto, a suspensão, caso não retirada, pode afastar o atleta das Olimpíadas.

Além de Coleman, outros corredores enfrentaram suspensões provisórias por falhas de "paradeiro" recentemente. No último dia 05 de junho, a atleta do Bahrein Salwa Eid Naser, campeã mundial dos 400m rasos em Doha em 2019, também foi punida pela AIU pelo mesmo motivo.

Errata: Em texto publicado ontem sobre o caso de Christian Coleman, indicamos que os dois primeiros testes perdidos pelo atleta deveriam ter ocorrido em janeiro e em agosto. Na verdade, tais testes estavam marcados para janeiro e abril. A matéria foi corrigida.

Foto: Arquivo AP Photo/David J. Phillip

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