O nadador de águas abertas argentino Guillermo Bertola recebeu a pena máxima da Federação Internacional de Natação (FINA) por ter realizado uma transfusão de sangue antes de uma prova em 2018, procedimento que não é permitido.
O atleta de 30 anos ficará suspenso entre 2020 e 2024. Além disso, o argentino perderá todos os resultados conquistados em 2018 e em 2019, incluindo a prata nos 10km do Pan de Lima, precisando ressarcir a premiação em dinheiro que havia conquistado.
Com isso, o brasileiro Victor Colonese, que havia chegado em quarto lugar em Lima, herdou a medalha de bronze. O equatoriano Esteban Enderica continua com o ouro, e o americano Taylor Abbott herdou a prata de Bertola.
O argentino realizou a transfusão em fevereiro de 2018, antes de uma disputa em Santa-Fé-Coronda. Bertola estava em estado anêmico e com a forma física abaixo do ideal. Após passar pela transfusão, que não é permitida pelas entidades antidoping, o nadador acabou vencendo a prova.
Em entrevista ao jornal argentino La Voz, Bertola lamentou a decisão de atribuírem a ele a punição máxima.
“Eu poderia ter feito uma estratégia judicial, mas decidi me apresentar com a verdade”, declarou. “Reconheci o erro, pois uma das coisas que FINA me disse foi que, se alguém reconhece seu erro e se arrepende, a sanção pode ser reduzida pela metade. Isso tem que ser válido. Mas estou sendo punido com uma sentença muito difícil".
Com o bronze de Colonese, o Brasil chegou à 169ª medalha nos Jogos Pan-Americanos de Lima, maior número da história do país. Foram 54 ouros, 45 pratas e 70 bronzes, que garantiram ao Brasil a segunda colocação no quadro geral de medalhas.
Foto: Reprodução/Instagram: @guillermobertola
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