Últimas Notícias

Bielorrussos, eslovenos e finlandeses se destacam nas competições de atletismo da semana


Enquanto continuamos imersos na pandemia do coronavírus, seguem sendo realizadas algumas competições de atletismo pela Europa, em formatos alternativos e reduzidos, em adaptação ao novo normal. Nesta semana, o destaque ficou por conta de atletas de Belarus, Eslovênia e Finlândia, que obtiveram marcas relativamente boas, principalmente em saltos e lançamentos.

A começar pela Finlândia, onde tivemos quebra de recorde nacional no salto em distância depois de mais de dez anos. Kristian Pulli, medalhista de prata no Mundial Sub-20 de 2013, saltou para 8,27m, vinte centímetros acima do melhor de sua carreira. A marca, obtida em Leppavaara, é a segunda melhor da temporada geral.




Outro finlandês que estabeleceu a melhor marca de sua vida foi Jami Kinnunen, no lançamento de dardo. Ele conseguiu 79,12m, competindo de Kuortante. Jami é filho do campeão mundial de 1991, Kimmo Kinnunen, e neto do ex-recordista mundial Jorma Kinnunen.

+ Krista Tervo bate recorde finlandês no lançamento de martelo

Também no lançamento de dardo, mas agora em Belarus, homens e mulheres disputaram uma competição em conjunto divertiram o país. O duelo principal foi entre a campeã europeia de 2016, Tatsiana Khaladovich, e o medalhista de bronze no último Europeu sub-23, Aliaksei Katkavets. Ele deveria fazer um lançamento maior do que 15 metros em relação ao dela para vencer, e o fez. Katkavets conseguiu 81,12m, enquanto Khaladovich obteve apenas 63,30m.

Diferente dos bielorrussos, o sueco Kim Amb, conseguiu sua melhor marca da temporada, também no lançamento de dardo. O 82,96m feito em Sodertalje, na Suécia, foi melhor do que seu desempenho no último Mundial (80,42m) e deu a ele a quarta melhor marca do ano.

Seguindo na Suécia, passamos para o lançamento de disco, que teve destaques negativos em competição com os principais atletas do país. Depois de registrar 65,92m nos Jogos Impossíveis no meio da semana, o campeão mundial Daniel Stahl queimou todas as suas seis tentativas neste final de semana e não teve nenhuma marca válida. O vencedor foi Simon Petterson, com 61,66m, também abaixo dos 64,54m de quinta-feira.

Se o campeão mundial não vai bem, o medalhista de bronze em Doha-2019 segue voando. O austríaco Lukas Weisshaidinger, que já havia ultrapassado a barreira dos 68 metros por duas vezes no pós-pandemia, conseguiu um 66,70m neste final de semana, em disputas em Schwechat, sua base de treinos. Com os desempenhos, ele chegou à marca de 250 lançamentos acima dos 60 metros em sua carreira, segundo a World Athletics.

Ainda no lançamento de disco, o jovem Kristjan Ceh está mostrando que tem potencial para competir de igual com os grandes do mundo. O esloveno, de 21 anos de idade, quebrou o recorde nacional da prova no último domingo, com 66,29m. Ele nem era nascido quando a antiga marca havia sido feita. Neste final de semana, ele, que é o atual campeão europeu sub-23, lançou pouco abaixo do recorde, para 65,58m.

Kristjan Ceh promete para o futuro (alesfevzer.com)
Também em Slovenska Bitrica, cidade eslovena onde Ceh competiu, Lia Apostolovski estabeleceu um novo recorde nacional sub-23 no salto em altura. Saltando para 1,92m, ela obteve a terceira melhor marca da temporada geral.

Eslovenas que também fizeram as melhores marcas de suas carreiras foram Neja Filipic, com 6,56m no salto em distância (quarta melhor marca do ano), e Marusa Mismas, com 15m38s33 nos 5.000m. Ambas não são especialistas nas provas: Filipic foi prata no salto triplo da última Universíade, enquanto Mismas foi finalista mundial nos 3.000m com obstáculos.

O grande destaque nas provas de velocidade foi a bielorrussa Elvira Herman, campeã europeia nos 100m com barreiras. Ela assumiu a liderança do ranking da temporada, com 12s70. A marca foi feita nas eliminatórias de uma competição em Misnk, na sexta-feira. Ela até conseguiu melhorar o tempo na final, com 12s66, mas o vento estava acima do limite permitido e não foi homologado.


Público assiste competição de salto com vara em drive in na Alemanha


Fortes ventos marcaram o Flight Night Dusseldorf  (Kenny Beele)
A maior parte das competições disputadas no pós-pandemia está acontecendo sem público. No entanto, organizadores alemães inovaram e realizaram um evento do salto com vara em que espectadores puderam acompanhar presencialmente, de dentro dos seus carros. A competição em si não foi tão agradável, dada as péssimas condições de tempo da noite de Dusseldorf, na última sexta-feira (12).

O alemão Torben Blech, medalhista de prata na Universíade 2019, venceu o Flight Night Dusseldorf com 5,55m, superando quatro outros concorrentes: seus compatriotas Bo Kanta Lita Baehre, Phillip Kass e Raphael Holzdeppe e o neerlandês Menno Vloon. A segunda colocação ficou dividida entre Baehre, quarto colocado no Mundial do ano passado, e Kass, com 5,40m. Holzdeppe e Vloon passaram zerados e não conseguiram saltar.

Segundo portais locais, uma forte ventania acompanhou toda a competição e os atletas foram obrigados a interromper a competição por cerca de 30 minutos quando as condições chegaram ao limite.

Apesar de um formato alternativo e pela grande interrupção causada pelo vento, os espectadores se divertiram e puderam matar as saudades de acompanhar o esporte de perto. Eles podiam acompanhar a disputa a sua frente ou ver no telão do Autokino Dusseldorf, local onde foi realizada a competição. O público também pôde se contentar com o som ambiente ou ouvir narrações e locutores através de uma frequência FM no rádio dos carros.

Foto: Divulgação/BFLA

0 Comentários

.

APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024

Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com ou contribua com a nossa vaquinha pelo link : https://www.kickante.com.br/crowdfunding/ajude-o-surto-olimpico-a-ir-para-os-jogos-de-paris e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os Jogos in loco!

Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar