Após ser suspensa provisoriamente em novembro de 2019 por doping e adulteração de evidências, a maratonista etíope Etaferahu Temesgen Wodaj, de 30 anos, foi banida por 12 anos do esporte, em pena aplicada pela Unidade de Integridade de Atletismo (AIU).
Wodaj foi submetida a um teste durante a Maratona de Waterfront, no Canadá, em outubro do ano passado, quando bateu seu recorde pessoal. Na ocasião, ela testou positivo para as substâncias eritropoietina (EPO), muito usada por atletas de resistência, por ajudar no transporte de oxigênio para o tecido muscular; e testosterona, ambas proibidas pela Agência Mundial Antidoping (WADA).
The AIU has banned Etaferahu Temesgen Wodaj (ETH) for 12 years from 20 Nov 2019 for the presence & use of a prohibited substance, & for tampering with the doping control process, all violations of the @WorldAthletics Anti-Doping Rules.— Athletics Integrity Unit (@aiu_athletics) June 19, 2020
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Após receber a suspensão provisória, Wodaj solicitou uma análise da amostra B, negando qualquer irregularidade. Além disso, ela enviou um atestado médico da Clínica AS, na Etiópia, afirmando que ela sofria uma condição médica específica e por isso estava utilizando aquelas substâncias.
No entanto, em fevereiro deste ano, a amostra B de Wodaj também testou positivo para o doping, e a AIU deu novamente uma oportunidade para a corredora se explicar. Wodaj entregou à entidade o mesmo atestado mostrado anteriormente. Então a AIU solicitou o atestado original, além do nome do médico que emitiu tal documento.
A maratonista enviou um novo documento, assinado dia 18 de março, afirmando novamente que as substâncias foram prescritas devido uma condição médica não revelada e uma infecção. Wodaj enviou ainda um documento adicional, datado de 10 de outubro de 2019, do Hospital Especializado Tikur Anbessa, no qual pedia uma transfusão de sangue e o uso de EPO por quatro dias, durante três semanas.
Porém, a Organização Nacional Antidoping, em colaboração com a AIU, investigou a clínica citada e descobriu que a mesma encerrou suas atividades em 9 de setembro, antes da suposta visita de Wodaj. De quebra, o médico que havia prescrito as substâncias não tinha registro e portanto, não poderia receitá-los. Os fatos caracterizaram que os documentos enviados por Wodaj eram falsos.
Por todos este casos, a AIU aplicou para Wodaj uma punição de quatro anos por doping e oito anos por adulteração e falsificação de evidências, totalizando 12 anos fora do esporte.
Foto: Reprodução
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