A Fundação Antidoping do Ciclismo (CADF, na sigla em inglês) disse no domingo (21) que haverá um retorno gradual dos testes de ciclistas fora dos períodos de competição, já que as restrições destinadas a limitar a propagação do coronavírus, que prejudicaram os procedimentos antidoping nos últimos meses, começaram a diminuir.
O processo de testagem foi discutido em reunião do Comitê de Financiamento do CADF com representantes da União Internacional de Ciclismo (UCI), bem como órgãos de atletas e representantes de equipes. As negociações se concentraram no impacto que a pandemia teve no programa antidoping em março e abril e no planejamento da CADF antes da temporada 2020 recomeçar nos próximos meses.
Como parte de seu plano de retomada, a Fundação possui uma lista prioritária de atletas a serem testados antes do início da competição. Essa lista foi criada seguindo o que denominou "uma avaliação completa dos riscos e um conjunto específico de critérios".
O CADF continuará a respeitar as restrições locais ao testar os pilotos, e um programa de testes condensados em competição também foi preparado para a retomada do ciclismo. Um grupo diretor da União Ciclística Internacional (UCI) tem trabalhado com o CADF para garantir que isso possa ser feito seguindo os padrões de saúde.
A entidade afirmou que "está convencida de que o plano de testes atualmente em vigor, que está evoluindo à medida que a situação de saúde se desenvolve, responde à necessidade de fazer todos os esforços para garantir a credibilidade das performances esportivas quando as corridas recomeçarem".
O CADF teve que reduzir significativamente sua atividade durante a pandemia, de acordo com as diretrizes da Agência Mundial Antidopagem e do Governo, pois muitos ciclistas residem em países que lidaram com o isolamento social. A entidade declarou que os testes fora da competição reduziram em 90% em comparação com 2019.
Mesmo com a queda, o CADF diz que coletou uma quantidade de amostras igual aos índices de testes de todas as agências nacionais antidoping juntas. Mais de 2.200 exames foram efetuados entre o início do ano e a pandemia do COVID-19 - mais da metade deles fora da competição.
Foto: Reprodução/CADF
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