Mesmo com a incerteza gerada pelo adiamento da Olimpíada de Tóquio para 2021, o Comitê Olímpico Internacional (COI) não quer que o marco de "um ano para os Jogos" passe batido. Para isso, a entidade que gere o Movimento Olímpico está em conversas com o Comitê Organizador de Tóquio-2020 à procura de uma maneira adequada para celebrar a data.
"Registraremos o marco", disse Christophe Dubi, diretor-executivo do COI para os Jogos Olímpicos, ao portal especializado insidethegames. "Estamos trabalhando nisso com Tóquio 2020 e esperamos gerar alguma energia positiva em torno da data".
Em 24 de julho do ano passado, quando ainda não havia uma pandemia, os organizadores realizaram uma celebração em comemoração à data de um ano para Tóquio, que incluiu a revelação dos designs das medalhas olímpicas e um evento que contou com a participação do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e do presidente do COI, Thomas Bach.
Realizar eventos que marcam um ano para os Jogos Olímpicos, seja de Verão ou de Inverno, é algo comum entre o Comitê Organizador. No entanto, Tóquio vive uma situação especial, já que uma Olimpíada jamais foi adiada anteriormente.
Alguns organizadores japoneses chegaram a esboçar alguns itens para serem celebrados no próximo dia 23 de julho, que marca um ano para os Jogos adiados, mas a ideia foi descartada no mês passado. A organização está tentando enxugar gastos depois do adiamento e novos eventos só gerariam novas despesas. Além disso, a situação global gerada pela pandemia de Covid-19 deixa os japoneses com um pé atrás para a realização de eventos do tipo.
Aumento de casos em Tóquio preocupa
Desde o final do último mês, a cidade-sede dos Jogos Olímpicos vive um aumento expressivo de casos do coronavírus. Nesta quinta-feira (02), Tóquio ultrapassou a casa das cem infecções confirmadas em um único dia (107), pela primeira vez em dois meses. O número de casos está numa crescente pelo sétimo dia seguido na capital japonesa, que já registra um total de 6.400.
A situação é preocupante e as autoridades japonesas temem que uma nova onda de infecções estraguem os planos de reabertura do país. O Japão esteve em um estado de emergência durante sete semanas entre abril e maio, o que ajudou a reduzir a disseminação do vírus no território. No entanto, com o relaxamento das medidas e volta da economia, o número de casos tem crescido muito.
Foto: Kyodo/AFP
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