A Comissão de Atletas do Comitê Olímpico Internacional (COI) realizou uma pesquisa para ampliar sua base de dados sobre protestos durante os Jogos Olímpicos. O objetivo é obter ampliar a base de dados com mais consultas, após a forte pressão que a entidade sofreu para relaxar a Regra 50 da Carta Olímpica, que proibe manifestações no evento.
A pressão passou a ocorrer após a morte do ex segurança, negro, George Floyd, nos Estados Unidos.
Essa pesquisa permitirá que o corpo tenha respostas diretamente da comunidade de atletas em geral. Ela deverá ser divulgada até o fim de setembro deste ano.
Danka Barteková, atual vice-presidente da Comissão de Atletas do COI, informou que quando o processo de consulta foi iniciado, ela conversou com vários grupos de atletas, incluindo representantes da Panam Sports, Canadá e Irlanda.
Para ela, a pesquisa permite que a comissão possa avaliar diversas opiniões sobre a regra polêmica.
"Queremos sua contribuição e sua ajuda para ampliar o alcance da consulta", disse a atiradora eslovaca, medalhista de bronze em Londres 2012. "Que idéias você tem como atletas e representantes de atletas sobre como podemos enfrentar qualquer tipo de discriminação?
"Como podemos dar aos atletas uma plataforma durante os Jogos para falar sobre o que é importante para eles?", indagou.
A regra 50 da Carta Olímpica declara: "Nenhum tipo de demonstração ou propaganda política, religiosa ou racial é permitida em quaisquer locais, locais ou outras áreas olímpicas".
O próprio COI já havia se comprometido a dialogar com os atletas para que seja possível explorar maneiras para os atletas expressarem sua posição.
Thomas Bach, presidente do COI não descartou a possibilidade de acontecerem protestos nos pódios olímpicos, alertando para a diferenciação de manifestações divisivas e protestos adequados.
Foto: Reprodução
0 Comentários