Uma análise feita sobre os casos de doping de atletas olímpicos da Rússia no atletismo, desde a dissolução da União Soviética, mostrou que mulheres estão quatro vezes mais propensas ao banimento do que homens. O estudo chamado "O doping russo é o que parece ser?", foi escrito por Jovanna Subic, do site RunRepeat, e também revelou outros dados.
O desempenho dos atletas que testaram positivo para doping foram comparados com aqueles que estavam "limpos". De acordo com a publicação, das 21 disciplinas do atletismo pesquisadas, apenas em seis delas os atletas que não estavam trapaceando tiveram um desempenho melhor do que aqueles que usaram substancias proibidas.
As maiores margens favoráveis aos atletas "limpos" foram encontradas nas provas de arremesso de martelo masculino (3,25%), lançamento de dardo feminino (2,63%) e 400m com obstáculos (2,3 %).
Porém, atletas que utilizaram do doping, levaram vantagem na prova de arremesso de martelo feminino, chegando a ficar com desempenho até 6,98% melhor em média, que equivale a 4,39 metros.
Outras grandes margens foram estabelecidas por atletas que testaram positivo para o doping, como no heptatlo feminino, ou no lançamento de disco.
No entanto, outro dado detectado foi que em cinco de 28 disciplinas avaliadas, atletas que foram banidos por doping não obtiveram suas melhores marcas da carreira sob o uso de substâncias proibidas. Isso deve-se à fatores como atletas mais velhos que utilizam deste artifício para retomar bons resultados, como sugere o estudo.
Segundo a publicação, a maior parte das desqualificações de atletas russos ocorreu entre 2009 e 2015, com pico em 2013. Neste ano, cerca de 25% dos resultados do país resultaram em desclassificação.
Provas como 400m e salto com vara, ambos no feminino e 800m, 100m e 400m no masculino não tiveram casos de doping registrados.
Vale lembrar que, neste momento até os atletas russos que poderiam competir sob bandeira neutra estão suspensos, devido o não pagamento da multa que a World Athletics impôs à Federação Russa de Atletismo.
Foto: Anton Denisov/Sputnik
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