O maratonista queniano Wilson Kipsang Kiprotich, de 37 anos, recebeu uma suspensão definitiva de quatro anos pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU, na sigla em inglês) após perder três exames antidoping entre 2018 e 2019, além de ter oferecido informações falsas à entidade. O queniano já havia sido suspenso provisoriamente no início deste ano, e poderá recorrer à decisão na Corte Arbitral do Esporte (CAS).
Kiprotich conquistou a medalha de bronze na maratona dos Jogos Olímpicos de Londres 2012. No ano seguinte, ao correr a Maratona de Berlim, o queniano quebrou o recorde mundial, ao terminar o percurso em 02:03:33. Sua marca só seria quebrada em 2014 pelo compatriota Dennis Kimetto, que anotou 2:02:57 também na Maratona de Berlim.
Segundo o processo publicado pela AIU, a World Athletics (Federação Internacional de Atletismo) indicou que o corredor não teria se apresentado para realizar exames antidoping fora do período de competição em três ocasiões - abril de 2018, abril de 2019 e maio de 2019 - o que configura uma irregularidade por "falhas no paradeiro". O atleta também teria enviado à entidade informações inverídicas acerca de sua localização no momento dos exames.
The @WorldAthletics Disciplinary Tribunal has banned long-distance runner Wilson Kipsang of Kenya for 4-years with effect from 10 January 2020 for Whereabouts Failures and Tampering by providing false evidence and witness testimony.— Athletics Integrity Unit (@aiu_athletics) July 3, 2020
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Além da suspensão de quatro anos, que já inclui os seis meses em que o atleta esteve provisoriamente afastado, o maratonista perderá todos os seus resultados entre abril de 2019 e janeiro de 2020. Entre os resultados invalidados, está o da Maratona de Londres do ano passado, na qual o esportista terminou em décimo segundo lugar, com o tempo de 2:09:18.
O caso de Kiprotich é mais um envolvendo atletas do Quênia neste ano. O corredor Japhet Kipkorir testou positivo para uma substância proibida há algumas semanas e também foi suspenso. O Quênia é considerado pela AIU como um dos países com maior risco de violações de antidoping, figurando na categoria A da entidade nesse quesito, junto a países como Etiópia, Ucrânia e Bahrein.
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Foto: Reprodução Twitter / @Eldobulletin
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