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Governadora de Tóquio quer celebrar a Olimpíada como símbolo de vitória da humanidade sobre a pandemia


Embora a realização da Olimpíada de Tóquio ainda seja motivo de muita incerteza para muitos lados, a governadora da cidade-sede, Yuriko Koike, segue confiante em celebrar o megaevento no ano que vem. Além de organizar os Jogos, ela quer torná-los um marco de vitória da humanidade sobre a pandemia.

"Quero sediar os Jogos como um símbolo do mundo se unindo para superar essa situação difícil e de vínculos fortalecidos entre a humanidade", disse ela, que foi reeleita recentemente, em entrevista à agência Reuters, nesta segunda-feira.

Vale lembrar que os Jogos Olímpicos de Tóquio foram adiados de 2020 para 2021 por conta da pandemia do coronavírus. Agora, estão programados para ocorrer entre 23 de julho a 8 de agosto de do ano que vem. No entanto, desde março, quando a decisão foi tomada, os amantes do esporte convivem com uma preocupação acerca da realização do evento. Há um temor de que a mudança de um ano não seja tempo suficiente para o mundo se recuperar da crise sanitária.

Pesquisas recentes mostraram que quase 80% da população japonesa  não acredita que a Olimpíada acontecerá no ano que vem e que mais da metade dos moradores de Tóquio querem um novo adiamento ou cancelamento do megaevento.

Thomas Bach, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), já disse anteriormente que uma nova mudança de datas não está nos planos da entidade e que, se os organizadores não puderem celebrar o megaevento no ano que vem, este deverá ser cancelado.

Neste final de semana, em entrevista ao jornal francês "L'Equipe", o alemão voltou a falar sobre o assunto e destacou que um cancelamento seria mais viável aos organizadores do que um adiamento, como ocorreu. "Cancelar os Jogos por força maior teria sido mais fácil para o COI e teríamos a receita de seguros. Mas estamos lá para organizar os Jogos, não para cancelá-los", disse.

As falas de Bach se devem pelo fato de que COI e Comitê Organizador estão se desdobrando para reorganizar os Jogos, com itens que incluem recalcular as contas e renovar os contratos com as arenas esportivas. Este segundo ponto parece estar resolvido, segundo a mídia japonesa, que garantiu que todas as negociações foram bem sucedidas.

Quanto à governadora, em entrevista à Reuters, Koike preferiu não se manifestar sobre um possível cancelamento dos Jogos, nem mesmo especificou uma data-limite para definir se eles acontecerão de fato ou serão cancelados. No entanto, cabe lembrar que membros do COI já afirmaram que uma decisão final sobre o caso sairá somente no segundo trimestre de 2021.

Koike foi recém-reeleita ao cargo de governadora da capital japonesa, após ter sido muito elogiada pela forma como agiu durante a crise sanitária. Apesar disso, nos últimos dias, preocupações têm surgido na prefeitura, com um crescimento rápido de casos. Entre quinta e domingo, mais de 200 casos diários foram registrados, tendo sido sexta-feira o recorde geral, com 243 infecções.

Nesta segunda-feira, um número abaixo da casa dos 200 pela primeira vez em cinco dias, com 119 casos confirmados. Apesar de uma segunda onda de infecções no horizonte, Koike segue tranquila. "Atualmente, uma situação difícil continua, mas... ao tomar uma resposta adequada em Tóquio, quero avançar tanto na prevenção de infecções quanto na atividade social e econômica", disse ela.

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Foto: Reprodução/Facebook_@yuriko.koike.96

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