A liberação para que atletas russos possam competir em eventos internacionais sob bandeira neutra está suspensa. Isso porque a Federação Russa de Atletismo (RusAF) não pagou a primeira metade da multa aplicada pela World Athletics. A parcela venceu na última quarta-feira (1°).
Nessa primeira parte, a RusAF deveria quitar US$ 5 milhões (R$ 26,8 milhões), referente a metade da multa aplicada devido o não cumprimento de regras antidoping, além de US$ 1,31 milhão (R$ 7 milhões) de encargos de força-tarefa, Conselho de Revisão de Doping e os custos de investigações.
Com isso, o trabalho realizado pelo Conselho de Revisão de Doping que avalia as condições dos atletas russos e acompanha as reformas antidoping da RusAF foi paralisado. Era este serviço que concedia aos esportistas do país o direito de competir internacionalmente. De acordo com a World Athletics, o serviço não será retomado até que seus conselheiros se reúnam para discutir está situação, no final de julho.
"A RusAF está decepcionando muito seus atletas", disse o presidente da World Athletics, Sebastian Coe, em nota oficial. "Fizemos o possível para acelerar o processo e apoiar a RusAF com seu plano de reintegração, mas foi aparentemente sem sucesso".
A nota diz ainda que todos os termos impostos foram claramente anunciados, para que não restasse dúvida aos russos.
"Os termos de pagamento da multa e dos custos eram claros e não foram contestados pela RusAF na época; portanto, essa questão precisará retornar ao Conselho no final de julho, como declaramos em março".
No entanto, o presidente da RusAF, Yevgeny Yurchenko, afirmou anteriormente que sua federação passa por dificuldades financeiras durante a pandemia de coronavírus e solicitou mais tempo para poder pagar a parcela da multa.
Além disso, alguns atletas russos se reuniram para pedir que o presidente do país Vladimir Putin atuasse na situação. No domingo foi a vez da bicampeã olímpica Yelena Isinbayeva solicitar proteção aos esportistas do país, em carta pública postada em sua conta no Instagram. Para ela, a suspensão dos atletas é uma "punição inaceitável".
Foto: Hannibal Hanschke/EPA
0 Comentários