Tóquio bateu mais um recorde negativo da pandemia nesta quinta-feira (16). A cidade-sede da próxima edição dos Jogos Olímpicos registrou 286 casos de coronavírus nas últimas 24 horas, o maior número desde o início da crise sanitária. Os números desta quinta superaram os da última sexta-feira (10), quando a capital japonesa teve 243 infecções.
Por conta da alta de casos desde a última semana, o governo da prefeitura elevou o alerta sobre a pandemia para o nível máximo nesta quarta-feira. A governadora recém-reeleita, Yuriko Koike, pediu aos moradores de Tóquio para não realizarem viagens não essenciais, bem como que evitarem ao máximo sair de casa e frequentar estabelecimentos que não sigam as regras de higiene.
Apesar da preocupação, Koike voltou a falar nesta quinta-feira que o elevado número de casos continua estar diretamente relacionado à quantidade de testes realizados, atualmente cerca de quatro mil por dia. "Nós agiremos adequadamente para reduzir o número de pessoas infectadas", disse ela em coletiva de imprensa, de acordo com a agência Kyodo News.
Agora, Tóquio possui 8.640 casos confirmados, mais de um terço do total do Japão, que é de 23.500. Em todo o país, foram registrados mais de 600 infecções nesta quinta-feira, o maior número desde 18 de abril, quando o estado de emergência estava em vigor. Além da capital, quatro prefeituras bateram seus recordes de infecções: Chiba, Kanagawa e Saitama, na região metropolitana, e Osaka.
Diferente das últimas semanas, em que foram confirmados casos de coronavírus principalmente em jovens que visitaram estabelecimentos noturnos, nesta semana houve relatos de infecções em creches, pré-escolas e asilos, indicando que o vírus está se espalhando para outras faixas etárias.
Ainda segundo a Kyodo, o governo japonês já está estudando a possibilidade de decretar um novo estado de emergência no país. Vale lembrar que um decreto do tipo já ficou em vigor no Japão durante sete semanas entre abril e maio, tendo sido o principal responsável pelo controle da pandemia no território, já que diminuiu o fluxo de pessoas nas ruas e fechou os comércios não essenciais.
Foto: Athit Perawongmetha/REUTERS;;
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