A pivô da seleção brasileira de handebol Elaine Gomes tem motivo de sobras para comemorar. A jogadora, campeã mundial com o Brasil, está liberada para voltar às quadras a partir do dia 14 de setembro, após o anúncio do congelamento de sua punição nesta quinta-feira (27). A cearense vinha cumprindo suspensão a nove meses por doping, depois do médico do seu ex-time, o Corona Brasov (ROM), recomendar um tratamento proibido para todo o elenco da equipe.
Nas redes sociais, a campeã mundial em 2013 comemorou: "Liberada! Uma palavra simples, mas que significa o fim de toda minha angústia e medo nos últimos meses".
"Cada pedra nesse caminho me fortaleceu. Sei que a próxima temporada vai ser de muita ralação, tenho que correr atrás do tempo perdido, voltar ao meu ritmo de jogo, mas agora sou eu comigo mesma. Nada vai me impedir de ir atrás dos meus sonhos", celebrou.
O drama da atleta começou em novembro de 2019, quando ela se preparava para o Mundial de handebol com a seleção brasileira. Toda as 16 atletas da equipe romena estavam sendo investigadas e foram suspensas meses depois, após terem feito um tratamento a laser no sangue, proibido pela WADA (Agência Mundial Antidoping).
A brasileira foi uma delas, pegando um gancho de 16 meses que vinha sendo cumprindo o nono mês em agosto. No entanto, a decisão judicial diminuiu para nove meses e meio, terminando em 14 de setembro. O médico culpado segue afastado com pena de 4 anos.
"Não sei quando vou sair, mas eu estou em êxtase, pensando aqui em arrumar minhas malas. Começar a comer uma salada e deixar o baião de dois para lá. Estou muito feliz mesmo", disse Elaine em entrevista ao GE.
Também em entrevista ao GE, a jogadora revelou estar com propostas de três equipes, incluindo uma da Romênia e já se prepara para viajar em breve para a Europa. A atleta passou o período de quarentena em Fortaleza, no Ceará, onde mora com sua família.
Desde 2014 Elaine Gomes atua em times da Europa - Foto: Abelardo Mendes Jr/rededoesporte.gov.br |
Elaine vive agora a expectativa de poder estar presente em sua primeira Olimpíada, adiada para 2021. Além do título mundial na Sérvia, em 2013, a jogadora de 29 anos carrega o bicampeonato dos Jogos Pan-Americanos com o Brasil, conquistas que ocorreram em Toronto 2015 e Lima 2019.
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